O triângulo equilátero é simpático: tem os três lados iguais, a mesma medida, equilíbrio total. De uns tempos pra cá me apaixonei pelo triângulo equilátero, mas não era assim. Explico. Sempre gostei da abordagem antroposófica, da análise da vida dividida em setênios. Subgrupos de 7 anos (setênios), formando os grande grupos das estações da vida, de 21 em 21: Primavera até os 21 anos. Depois o Verão até os 42. Aí começa o Outono até os 63. E então (finalmente?) o Inverno, até os 84 anos. Bom, e depois dos 84? A grande pensadora desse tema, a sábia senhora Gudrun Burkhard, detalhou no livro "Tomar a vida nas próprias mãos" as quatro estações, e depois lançou o "A Vida após os 80 anos", porque hoje (mais do que nunca) a vida continua depois dos 84. Muito bem, muito bonito, mas então pensei em simplificar esse entendimento esquemático (matemático?) da existência. Não mais 4 etapas de 21 mas, veja só, 3 etapas de 30 anos. E aí o triângulo equilátero assomou: a vida percorrida em 3 retas de igual tamanho. Do ponto A ao ponto B, os 30 anos da reta inicial, ensolarada, intensa, veloz. Depois, do B ao C, a aresta dos 30 aos 60 anos (eta aresta boa e longa!), e finalmente a reta (a melhor?) dos 60 aos 90. Onde você está nesse desenho simplificado da vida? Eu acabei de fazer a última curva (que como podem ver é bem aguda, como a querer cortar laços com o passado), acelerando (até quando?), do C ao A. E aí? O que você acha? Traduz a existência? E o que vem depois dos 90 (se você teve gasolina)? A bandeira quadriculada? Vitória?
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