quinta-feira, 25 de março de 2021

SAUDADES... (43)

Da biblioteca de 1500 livros de Edson Calió, adquiri esses 15 títulos. 1%. Foi mais ou menos isso, 1%, o que consegui absorver da sabedoria do querido mestre de Alquimia e Xamanismo, nos três anos em que frequentei seu instituto. Edson se foi há dois meses. Saudades. Que bom ter esses livros dele comigo. 


segunda-feira, 22 de março de 2021

LENDO.ORG (31)

Maurício me presenteou com o A Teus Pés, contei aqui, e quis presenteá-lo também.  Mandei lista com 30 livros para ele escolher à vontade.  Pinçou três.  1913 - Antes da Tempestade, misto de ficção e documento que relata a Europa no ano anterior ao início da 1ª GM, tendo como personagens os intelectuais da época.  Onde estavam Picasso, Kafka, Freud, Chaplin, Tomas Mann, Virgínia Wolff, entre outros, como interagiam e viviam o momento. Se Essa Rua Fosse Minha, de Cacilda Ferreira, que colocou em livro o programete que tinha na rádio Eldorado, cada dia contando a história de um logradouro paulistano. E Mulheres da Minha Alma, de Isabel Allende, do qual nada posso falar, porque quem adora e lê todos da chilena é a Adriana. De quebra, porque achei o Mau muito humilde de escolher só três, foi Do Rock ao Clássico, crônicas em jornal escritas por Arthur Dapieve, que está todo dia na GloboNews falando de cotidiano e manja muito de música. Já estão com o Mau.  Enjoy!


domingo, 21 de março de 2021

LIXA GROSSA & CIA LTDA (54)

Cartinha no Estadão impresso de hoje.  Procela:  tempestade marítima, por extensão tumulto, agitação.  Na cartinha foi Tempestade. Tudo bem, procela é um bom sinônimo, mas tem horas que O Estado de S. Paulo parece A Província de S. Paulo!  Mas isso não importa.  O que importa é que não dá mais!!

No Estadão impresso de 21/03/21


quarta-feira, 17 de março de 2021

SHOW DE BOLA! (106)

Tão lindo quanto esse golaço, é a categoria da descrição da jogada pelos dois craques gaúchos, Falcão e Escurinho. Artistas. Desde criança lembro desse gol, mas não conhecia essa rememoração detalhada.  Comparem o nível dos craques do passado com os novos "mitos" do pedaço.  Minha nossa!  Esse gol, sozinho, me emociona.  Assistindo esse vídeo de três minutos, eu choro, como se lesse uma página maravilhosa de Herman Hesse ou ouvisse a 9ª de Beethoven. Não deixe de ver, aqui, um momento sublime do futebol brasileiro. 

Golaço!  Internacional rumo ao título brasileiro de 1976,


domingo, 7 de março de 2021

LENDO.ORG (30)

Será que não vejo Maurício Miele desde 1982, quando mudei da 9 de Julho? O irmão dele, Marcinho, vejo, ainda mora no mesmo prédio que meu irmão Fábio Bolota.  Marcinho era unha-e-carne com meu irmão Paulo, que o destino levou trágica e um cara levou criminosamente aos 17 anos. Mas é do Maurício que falo. Foi meu amiguinho amigão nos tempos da pré-adolescência e aventuras pueris no edifício Mantiqueira e ruas do Bixiga.  Honrados filhos de uma classe média baixa que valorizava estudos e  livros em um tempo de escola pública decente, competíamos para ver quem tinha mais conhecimento inútil, aqueles saberes da Barsa, Tesouro da Juventude, "Só compra quem tem" (quem lembra?). Mas não tardou que os trilhos da estrada nos afastassem totalmente, até que o Face nos reaproximou.  Posta aqui, comenta ali, outro dia ele, leitor glutão como eu, postou uma foto com seus livros da Brasiliense.  Entre eles A Teus Pés, um clássico da poesia alternativa dos anos 80. De Ana Cristina Cesar, essa sim um mito. Quando esbocei ao Mau que amava esse livro perdido, e que corria sebos para reencontrá-lo, ele de repente disse que ia me mandar o exemplar pelo correio.  Mandar como?  Tem em duplicata??  Vai mandar o seu???  Nem estiquei, mais desacreditando do que pasmando com a conversa, até que ontem o livro chegou!  Maurício!  São paulino roxo (agora diz que é Flamengo o maluquinho),  irmão da Marília e filho do Dirceu (sem esquecer a querida dona Consuelo), sobrinho do Miele famoso, família de Amparo, bixiguento da veia, casado sem filhos - só passeia o casal...  Obrigado!!!

A Teus Pés, sobre a Isto É que guardo desde 09/11/1983.


quarta-feira, 3 de março de 2021

LANCES URBANOS (64)

O Centro da cidade se deteriora a olhos vistos, e ninguém parece ligar. Praça João Mendes, 19h, dezenas de pessoas saindo dos dois grandes fóruns em direção ao metrô Sé, passando pela lateral da igreja da Sé, com o calçadão ali totalmente às escuras!  A sensação de insegurança, tão nativa nos paulistanos, cresce ao lembrar que a Sé, já há anos, não é mais o marco zero turístico da cidade, e sim o ponto de encontro e permanência de sem-tetos, sem-modos (também), sem-assistências, sem-atenção, sem-escolha...  Ah, como sempre sonhei que toda a região da João Mendes, Sé e adjacências, que frequento profissionalmente há quase 40 anos, sofresse a ação dos três grandes atores locais:  o Tribunal de Justiça, a OAB e a igreja, regidos pela batuta da prefeitura, ou melhor, da subprefeitura, a quem hoje cabe a mínima zeladoria da cidade, fazendo uma intervenção legal. Mas qual nada!  A indicação dos subprefeitos continua regida pelo interesse politiqueiro dos vereadores (aqui), como foi na gestão passada, e por que mudaria agora, se o prefeito é o mesmo? Ah, ah, como me surpreendi nesta semana, quando lendo "A Longa Viagem", memórias do poeta e político Menotti del Picchia, a sugestão dele - e proposta que ele tentou colocar na Constituição Estadual - da existência de uma "prefeitura de carreira", em que o candidato a prefeito, por concurso, deveria mostrar sua formação como engenheiro urbanista e perito em administração.  Gente, isso há 90 anos!  E isso não seria muito mais necessário agora, que a meleca está feita!
Sé às escuras.  Merecemos?