sábado, 30 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (48)

Leia e assine  AQUI o manifesto #JUNTOS, para trazer de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiro. 
Página inteira no Estadão de 30/05/2020



quinta-feira, 28 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (47)

As perguntas mais fundamentais. Eu queria ter escrito essa cartinha, ela mostra o país doente em que nos tornamos.   Ou querem nos tornar.  Parabéns para o José Tadeu Gobbi. Eu amei essa cartinha!
Cartinha no Estadão impresso desta semana.

domingo, 24 de maio de 2020

SHOW DE BOLA! (104)

No epicentro, Sapopemba é o 2º distrito mais atingido, 179 óbitos.  Com todo cuidado fui até lá cumprir a missão semanal. Compras, almoço tranquilo, tudo bem com meu pai que, aos 87, mora sozinho naquela lonjura.  Na volta, ouvindo um Yes alto no cdplayer, dei com essa cena.  Resultado: me enchi de esperança por dias melhores para todos nós nesse Brasilzão que vai sobreviver aos vírus. 
Av. Luis Inácio de Anhaia Melo hoje, às 17h15. 

sábado, 23 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (46)

O que mais me impressionou no vídeo da reunião foi a lógica invertida do presidente:  para ele os desarmamentistas querem o povo sem armas, para poderem impor a sua "respectiva ditadura".  Já o presidente quer todo o povo armado, para que a ditadura não possa ser imposta. Ô loco!  O texto completo da reunião está AQUI.  Abaixo, a parte do "armamentismo". 

O que esses filha de uma égua quer, ô Weintraub, é a nossa liberdade. Olha, eu tô, como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa. Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né? Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Aí, que é a demonstração nossa, eu peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assine essa portaria hoje que eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não da pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais.

E nÉ. Quem não aceitar a minha, as minhas bandeiras, Damares: família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado. Quem não aceitar isso, está no governo errado. Esperem pra vinte e dois, né? O seu Álvaro Dias. Espere o Alckmin. Espere o Haddad. Ou talvez o Lula, né? E vai ser feliz com eles, pô! No meu governo tá errado! É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado.
Charge de Laerte



terça-feira, 19 de maio de 2020

SHOW DE BOLA! (103)

Curta de 9 minutos na Praça da Sé, em 1976. Uma São Paulo que não existe mais, mas já sinalizando a São Paulo que está aí. Um curta primoroso.  Humano. Não perca.  AQUI. 
Praça da Sé em 1976.  Cena do curta-metragem. 

sexta-feira, 15 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (45)

Esse outro vírus terrível - as fake news - também é destruidor: penetra nas mentes e desarranja o entendimento, embaralha a visão das coisas, impede o diálogo em bases honestas.  Pedro Doria mostra como as fake news funcionam hoje no Brasil, em um artigo muito feliz, que colo abaixo, para quem não conseguir abrir aqui 

A Terrível Distopia de Bolsonaro. 


Existe um Brasil paralelo lá fora. Nele, não existem os muitos estudos científicos que vêm dizendo, nas últimas semanas, que a cloroquina não ajuda no combate ao novo coronavírus. O número de mortes este ano em nada difere dos anteriores. Há caixões sendo enterrados com pedras dentro. As pessoas não morrem de Covid-19, e sim de outras doenças, mas médicos desejosos de inflar os números fraudam as certidões de óbito. E, claro, o Brasil parou por ordem de governadores neuróticos, uma conspiração que inclui gente eleita da centro-direita à esquerda. O fato de que toda a Europa menos a Suécia parou, de que todas as Américas pararam, assim como um bom naco da Ásia, sequer registra. Em geral, damos a este fenômeno um nome: fake news. E é isso mesmo. Mas é hora de incluirmos um segundo anglicismo no debate público: gaslighting. Porque as notícias falsas servem a um projeto maior e mostram como a internet opera para ajudar a sustentar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

Que fique claro: este Brasil paralelo inteiro não é real. É falso, mas é inventado com os requintes daqueles escritores tipo J. R. R. Tolkien, George R. R. Martin ou J. K. Rowling. É isso que está no Senhor dos Anéis, em Game of Thrones ou Harry Potter: a criação de mundos inteiros, com suas próprias histórias internas, para romances de fantasia. Assim, o país dos caixões enterrados com pedras é o mesmo onde uma conspiração marxista tomou as rédeas das artes, universidades e redações. O país em que governadores por algum motivo desconhecido decidem parar propositalmente a economia é o mesmo em que algo chamado “ideologia de gênero” tem por objetivo sexualizar cedo crianças e, sempre que possível, leva-las à homossexualidade.

Cada peça de informação dessas é uma fake news. Mas o conjunto forma um universo inteiro que tem sua lógica interna e apresenta uma visão de mundo. Isto é gaslighting. O termo vem de uma peça importante do Modernismo inglês, Gas Light, escrita em 1938 pelo dramaturgo Patrick Hamilton. No cinema, teve como atriz Ingrid Bergman. A história tem no centro um casal em que o marido manipula psicologicamente sua mulher até que ela começa a duvidar de sua própria memória e percepção.

Como estratégia política de comunicação, gaslighting é a mesma coisa. É a criação de um universo paralelo que, repetido consistentemente, passa a se tornar crível para alguns. Mas o processo não se dá apenas pela criação destas versões, ela inclui também uma técnica de ação que ocorre via redes sociais. Não é complicada: uma pessoa conhecida, com muitos seguidores e que defenda um ponto de vista, é desafiada com um argumento fantasioso. Não é raro que responda com desorientação. Porque não basta um contra-argumento. É preciso questionar toda a premissa que sustenta o desafio, é preciso provar que aquele mundo não existe. Porque esta pessoa tem muitos seguidores, aquele diálogo vai ganhando audiência.

Este Brasil paralelo vem sendo construído pelo escritor Olavo de Carvalho e seus seguidores há bem mais de uma década. Com a emergência das redes sociais, ganhou dinâmica e volume. E quando Jair Bolsonaro cita em suas lives ou comenta nas entrevistas à porta do Alvorada alguma destas histórias, ele só as torna mais plausíveis. Afinal, trata-se do presidente da República. O problema é o seguinte: continua sendo tudo mentira. 

O Brasil paralelo não existe. Este é um dos problemas deste governo. Ele trabalha na mentira. E a arquitetura de comunicação baseada em redes sociais facilita a construção desta obra fictícia.  Que, com o coronavírus, se tornou uma distopia terrível.
imagem: blogs.correiobraziliense.com.br

sábado, 9 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (44)

Desculpem a heresia de aproximar na mesma frase Aldir Blanc e o presidente. No Estadão impresso de hoje.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

SHOW DE BOLA! (102)

Místicos e sencientes consideram a Lua Cheia de Maio a mais importante do ano (aqui). Pois ela está entrando nessa fase nesse instante.  Aproveite a luz que nosso satélite irradia para iluminar seu coração e seus relacionamentos, invocando compreensão e paz. E sigamos.


terça-feira, 5 de maio de 2020

SAUDADES... (36)

Arnaldo Antunes chamou a atenção para a riqueza desses versos de Aldir Blanc, sempre eclipsados na voz maravilhosa de Elis Regina.  "Rubras cascatas/ Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas..."  Está em Mestre-Sala dos Mares. O que é isso senão a beleza mais pura?  Mas minha preferida do compositor é Amigo é Pra Essas Coisas.  Ouça aqui. Do tempo da MPB em que cada música era uma peça teatral completa...
Compositor Aldir Blanc (1946-2020) (foto: brasil247.com)

sexta-feira, 1 de maio de 2020

LIXA GROSSA & CIA LTDA (43)

Conheci de perto o Raí quando ele, em parceria com o também jogador Leonardo e esposas, iniciou um belíssimo trabalho social na Vila Albertina, Tremembé. Era 1999 e nascia a Fundação Gol de Letra, que até hoje segue marcando golaços em diversas áreas de inclusão social.  Acompanhei de perto por uns 8 anos, como membro da Rede Social Vila Albertina, que tinha na FGL a sua grande âncora.  Mas vamos ao que interessa hoje: estou aplaudindo de pé essa jogada do Raí, que conforme o Estadão de hoje (aqui), manifestou clara repulsa aos absurdos e desmandos perpetrados pelo presidente do país.  - Um posicionamento atabalhoado, é o mínimo que se pode dizer. Naquele momento, por exemplo, que ele deu aquele depoimento em rede nacional... Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde.  Não é fácil boleiro se pronunciar.  Hoje ele é diretor do São Paulo Futebol Clube, também não seria fácil tirar palavras ousadas de um cartola do futebol.  Mas esse cartola é simplesmente o Raí, grande jogador (e olha que não sou sãopaulino!), grande ser humano.  Parabéns!
Raí na Fundação Gol de Letra, no Tremembé.  (foto: rai10.com.br)