sexta-feira, 18 de novembro de 2022

UM NOVO TEMPO... (2)

Divida Sergipe (o menor estado brasileiro) ao meio. Esse é o tamanho do Catar.  Nesse naco de terra (desértica), coloque oito estádios babilônicos. Não duvide. Coube tudo isso nesse “país”.  Entre aspas, porque um "país" que não tem parlamento nem partidos, em que o emir dá a última palavra em tudo, que apedreja réus, em que depoimento de mulher vale metade do valor do depoimento de homem, que não tem leis trabalhistas decentes (denúncias de maus-tratos e mortos na construção das arenas foram abafadas), sei lá se pode ser chamado de país. Tá mais pra enclave despótico.  E quando põe toda a ostentação em cima, tá lindo de morrer!  Já nas quatro linhas, acompanho Copas desde 1974 , quando todos os selecionados jogavam aqui, e seus rostos eram mais que conhecidos. Hoje é dureza ter uma seleção com oito (!) jogadores ilustres desconhecidos meus, desculpe a ignorância.  E o nosso camisa 10, ok, é craque, mas a anos-luz da categoria de ser de outros 10 (Rivellino, Zico, Raí, Rivaldo) que vi jogar em Copas...  Ser humano é o Tite. Taí um técnico pelo qual valeria torcer... mas desculpe aí Tite, vai ser difícil acompanhar essa Copa.

Desculpe aí Tite...  (foto: Antonio Lacerda/EFE/veja.abril.com.br)



quinta-feira, 10 de novembro de 2022

LENDO.ORG (57)

Para quem ama livros e ler, o paraíso na Terra se chama Feira do Livro da USP.  Todo o catálogo de mais de 150 editoras com 50% de desconto.  Já que o salário não dobra, o preço dos livros vai à metade, e agora sim, é garimpar os livros preferidos entre milhares que estão lá à mostra, à mão.  Pra facilitar, pesquise no site da Feira (aqui), por editora, se o livro desejado está disponível, confira o preço original e o desconto.  Adoro sebos, mas livro novo tem um gosto (um cheiro, um tato) especial.  Fica ao lado da praça do Relógio, na USP.  Só até Sábado. 

Festa do Livro da USP 2022



quinta-feira, 3 de novembro de 2022

UM NOVO TEMPO... (1)

Pela vida afora lembrarei dessa batalha épica, em que a civilização venceu a barbárie.  Em que o Brasil escapou de se tornar uma gruta medieval de enquadramentos e torturas.  Só ignorantes não viram, só mal-intencionados não admitiram (não vêem ou não admitem as saudações nazistas em SC) isso.  Agora é tocar o barco, em águas ainda (e por muito ainda) turbulentas. Quero homenagear cinco pessoas corajosas, paladinas nessa cruzada.   O historiador Marco Antonio Villa, destemido desde o primeiro momento.  “Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, disse na noite de 30/10 (aqui).  Fiquei pensando: e o dia do seu casamento?  (Ele e a sua Letícia...) E o dia do nascimento dos filhos?  Sei lá, foi uma figura de linguagem para mostrar o tamanho da coisa.  Parabéns Villa!  Tenho livros seus aqui.  Era seu admirador há muito, agora sou seu fã! A senadora Simone Tebet, corajosa ao assumir de cara posição pela civilização, contra a barbárie. Sem ela, roça! A jornalista Eliane Cantanhede, lúcida, no Estadão e na GloboNews, há tempos, jogando sementes de civilização, contra a barbárie. O jornalista Reinaldo Azevedo, de quem eu não era entusiasta, mas na reta final viu o tamanho da encrenca, tomou posição pela civilização, contra a barbárie.  Olha, muitos fizeram o trabalho de formiguinha que competia a cada um, mas relevo Adriane Bernardes, que do alto do Jardim Joamar, na ZN, colocou sua beleza e sua resiliência totalmente a  favor da causa, corajosamente, pela civilização, contra a barbárie.  Os imprescindíveis...  E o trabalho continua.

Villa, no dia mais feliz da sua vida...