terça-feira, 25 de dezembro de 2018

LIXA GROSSA E CIA LTDA (2)

Que boas festas que nada!  Nada de champanhe! Só posso desejar à equipe do superministério da Economia que neste dia 25 e nos próximos dias estejam mergulhados em muito trabalho.  Como disse na cartinha abaixo, publicada hoje, o sucesso não vai cair do céu, mas a tempestade vai, se não derem jeito na bagaça...  A bola tá com eles e é bom abrirem o placar logo!
Seção de cartas do Estadão (25/12/18)

domingo, 23 de dezembro de 2018

LIXA GROSSA & CIA LTDA (1)

Encerro a sessão Em Busca do Fio da Meada, porque o fio foi encontrado.  Um tiquinho dele.  Tem ainda todo o novelo pra desenrolar, mas a pontinha foi encontrada.  Bem, eu iria por outra ponta, mas isso é página virada.  Agora, o mínimo que eu exijo do próximo governo é coerência.  Preto no branco, ou branco no preto, tem que ser fiel ao discurso.  Fiel às caras e bicos dos principais protagonistas eleitos...  Sei que  não são lá caras e bicos muito aprazíveis, mas, que sejam assim, grossos e objetivos, para manter a coerência.   Um pessoal que não tem muitas delicadezas nem muita intimidade com o debate saudável. Vão mais na linha do denominador comum primário, dos consensos tocos, dos chavões evangélicos e...  pau na máquina!   Nem pior nem melhor do que estava antes. Só que muito diferente.  Prepara a pele (e a cabeça, e o estômago), acho que vem um período de lixa grossa pela frente.  
Prepara a pele pra lixa grossa!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

NÃO É POR AÍ... (81)

Maluf, Pitta, foram terríveis.  Mas não sei se outro ano, dos meus 55 vividos aqui, foi pior para São Paulo do que este 2018.  A cidade foi literalmente abandonada por quem fez - historicamente - a proposta mais arrojada de mudança.  É como se Bolsonaro abandonasse o barco para Mourão tocar o Brasil no ano que vem.  A mesma coisa.  O prefeito eleito em 2016 com um discurso afinadíssimo de mudança, em menos de um ano e meio largou a cidade para o seu vice, que tem experiência política, mas nenhuma de gestão.  Ficamos na roça.   Nada acontece.  Um exemplo besta?  Éramos subprefeitura. A nova gestão mudou para prefeitura regional.  E agora volta a ser subprefeitura (veja AQUI).  Parece pouco, mas espelha o foco. Na administração, uma enorme de mudança de secretários, interrompendo o trabalho (se é que havia algum...).  Quando a cidade mais precisa de dedicação, não tem.  2018, um ano para a cidade de São Paulo esquecer. 
Prédio da prefeitura paulistana.  Atrás o prédio da Secretaria Mun. da Fazenda
(foto: guia.folha.uol.com.br)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

SHOW DE BOLA! (92)

Aviso aos caçadores de livros com 50% de desconto: duas feiras fazem a alegria dos leitores... e a preocupação das livrarias...  Nesse cabo de guerra na questão do livro, cada um se defende como pode:  as editoras correm para vender seus estoques, organizando feiras-relâmpago, como essas:  a 2ª Feira de Livros da Cultura, organizada pela Secretaria Mun. de Cultura, com dois endereços:  Galeria Olido e Praça das Artes, pertinho uma da outra, ambas na av. São João 281 e 473, respectivamente.  E a 1ª Feira de Livros Imprensa Oficial, na sede da empresa na rua da Mooca 1833.  Na 1ª, muitas editoras.  Na 2ª, cinco editoras universitárias, como ótimos títulos e descontos verdadeiros.  Mas só até amanhã, dia 15. 
Galeria Olido, livros pela metade do preço. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

SHOW DE BOLA! (91)

Por onde se olhe o mercado do livro tem problemas, está em crise... (menos quando estou na minha poltrona lendo o meu, aí é o paraíso!).   Pequenas livrarias, livrarias gigantes, inadimplência, descontos, regulamentação, novas tecnologias, crises...  Assim é ótimo ouvir uma hora de entrevista com o dono da editora Companhia das Letras e o dono livraria Martins Fontes na CBN (AQUI).  Tudo discutido, nada resolvido, e a Lusitana ainda roda...
Pequena livraria na rua João Cachoeira, Itaim Bibi. 

domingo, 9 de dezembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (31)

Ricardo Salles, nomeado ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, propôs a venda ou concessão de 34 áreas do Instituto Florestal em 2017, quando foi secretário da mesma pasta no governo de São Paulo (veja AQUI).  Será que a postura será mantida no ministério?  O excelente texto de André Trigueiro no Globo (AQUI) sinaliza o perigo...
Mais do que nunca, olhos em Brasília...

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

SHOW DE BOLA! (90)

O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros, propôs Luis Schwarcs, editor da Companhia da Letras, em carta aberta (AQUI), como um dos caminhos para enfrentar a terrível crise que abate editoras e livrarias.  Bem, o amor ao livros eu declaro e devoto diariamente, mas hoje fiz uma ação mais específica em benefício desse mercado:  fui à 20ª Feira do Livro da USP e comprei 21 livros.  Gastei os tubos, verdade, mas com 50% de desconto, nem doeu...  Uma delícia ver o espaço lotado, todos pensando em si, no prazer de comprar com grande desconto, mas um ou outro sabendo que com isso ajuda as editoras quixotescas, que tomaram calotes homéricos das grandes livrarias.  Essa conexão direta editoras-leitores, sem a intermediação das livrarias é coisa pra se pensar...  a internet permite...   reduz de 40 a 50% os preços, sem a comissão das livrarias... o livro não vai desaparecer... já as livrarias...  
Feira de livros da USP, até Sábado.  Centenas de editoras, tudo com 50% de desconto!

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (30)

Disse Viviane Senna: "Minha proposta é que a principal bandeira desse governo seja a alfabetização, não a reforma previdenciária ou trabalhista."  Na mosca!  A diretora do Instituto Ayrton Senna localizou (AQUI) o problema desse país deseducado, travado, atrasado, uma verdadeira vergonha entre as nações:  nossa Educação é lamentável!  Aliás, cadê o nome do ministro da Educação?  Vai ser a última indicação mesmo?  Já devia estar nomeado e planejando o futuro do Brasil!
Viviane Senna falou e disse!
(foto: Marcelo Chello/ CJPress, in estadao.com.br)

sábado, 17 de novembro de 2018

NÃO É POR AÍ... (80)

Hoje saiu no impresso do Estadão (na íntegra.  Na Folha ontem editaram.).  Reforçar não é demais, porque...  tá dando medo passar nas pontes e viadutos de São Paulo!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

NÃO É POR AÍ... (78)

Vamos direto ao ponto: o serviço público municipal não existe!  Olhe à volta durante um dia inteiro e me diga:  onde você vê a municipalidade atuando com dignidade?  Em lugar nenhum!   A cidade se arrasta paquidermicamente rumo ao abandono, ou o que é pior, à catástrofe.   Ficar sem a via expressa da Marginal Pinheiros por tempo indeterminado é uma catástrofe que não se limita à região, vai impactar a cidade inteira! (veja AQUI)  A contagem regressiva das dezenas de pontes da cidade não começa hoje.  Já começou antes, em outros acidentes semelhantes...  E a manutenção preventiva prometida, alguém viu?   O gestor foi embora e deixou um político...   A cidade está sem gestão.  Não é por aí...
Cinco faixas interditadas na Marginal Pinheiros sem prazo de reabertura...  Ferrou!
(foto: Marcelo Gonçalves/ Sigmapress, in estadao.com)

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

NÃO É POR AÍ... (77)

O Conselho Nacional de Educação vota nesta semana a liberação de 20% da carga horária do Ensino Médio para a modalidade "ensino a distância", em escolas públicas e privadas (matéria AQUI).   Bem, vai acontecer o que sempre acontece, comigo: vou reclamar, vou dizer onde já se viu afastar da sala de aula o aluno em 20% do tempo!  E como fica a convivência?  E quem vai zelar que o aluno esteja focado mesmo na aula e não de olho em outras coisas, longe da sala?  E quais empresas vão ganhar com a produção desse conteúdo online?  E que espertezas os grandes grupos escolares vão bolar para usufruir dessa "distância" que os alunos terão da sala de aula?   Eu vou dizer tudo isso, a regra vai ser aprovada, as escolas particulares vão executar a medida, as públicas vão se confundir ainda mais na confusão em que já vivem, a Educação continuará a educação de sempre...  e eu não vou falar mais nada...
Educação a distância: professor na telinha...
(foto: ma10.com.br)

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (29)

Em um dia como hoje, a sabedoria de Oscar Quiroga ajuda pacas!

O equilíbrio da sabedoria
Observa o mundo com distanciamento, porque sem um ponto de vista amplo e inclusivo tu continuarás sendo peça de manobra dos grupos mais astutos que competem para ter domínio da comunicação, da política, dos recursos econômicos, das ideias e, claro está, dos privilégios que todos buscam possuir, mas poucos alcançam. O mundo não é o que deveria ser, nunca foi e nunca será, não é conveniente que estaciones em idealizações que não passam de quimeras. Procura ser realista, isso sim, só essa atitude garantirá que aprendas com os erros que cometas, senão, os continuarás repetindo à exaustão. Chora à vontade com as decepções e frustrações, arranca o amargo de teu coração. Celebra também, com toda pompa, tuas vitórias, mas no fim do dia, quando estiveres à sós, busca o equilíbrio da sabedoria.
imagem: queroharmonia.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

SAUDADES... (23)

Quem ama livros há de lembrar dos livros da editora Perspectiva, sobre Ciências Sociais, Teatro  e tantas disciplinas de Humanas.   Sua capa branca com tarjas finas abóboras (ou azuis ou verdes conforme o segmento) e a tarja preta no rodapé, com o nome da editora...  Livros sem imagens, textos densos, ensaios ou teses transformados em livros.  Ou poesias, como o clássico Poemas, de Maiakovski...  Crítico literário, tradutor, teatrólogo, não conheci pessoalmente Jacó Guinsburg, mas sabia dele, pela devoção aos livros e às artes, fundador em 1965 da editora Perspectiva e até ontem seu diretor-presidente.  Se vai Jacó aos 97 anos (veja AQUI), dos quais 93 dedicados ao Brasil.  
Meus livros da editora Perspectiva, de Jacó Guinsburg (1921-2018)

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (28)

Já disse outro dia que estranho um pouco as posições moderadas de Fernando Gabeira, pois no meu imaginário ele era um militante atrevido e aguerrido...  Mas aos 77 anos é normal que a  sabedoria substitua a exuberância física...   O que importa aqui é que concordo um pouco (ou muito) com o que ele escreveu nesse artigo AQUI.  Se 60 milhões de eleitores clicarem 17 no dia 28, a aberração terá sido "resultado do voto popular".  Essa realidade não poderá ser deixada de lado...
O mineiro de Juiz de Fora Fernando Gabeira.
(foto: Camilla Maia/ Agência O Globo, in istoe.com.br)

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (27)

Que oportunidade esse momento político está dando a cada um de nós para nos observarmos, de repente para nos entendermos, na compreensão das coisas, no trato com o outro...  A sorte está lançada, o resultado será dado pelo voto, individual no universo de 100 milhões de votos... Complicado quando a massa decide um caminho.  E será o caminho que a massa decidir. Mas, e você individualmente?   Puxa, eu acho que, nessa altura do caminho, o esforço tem que ser de mudar os números dessa pesquisa.  Trabalhar os vínculos de amizade, o trato com a família... reduzir a propensão para brigas...   Eu acho.
Gráfico capturado no uotizapi.  Fake ou não, expressa um sentimento generalizado...

domingo, 14 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (26)

Tá no Estadão de hoje: a ganância do PT em retomar o poder sem nem deixar as lambanças esfriarem, fez a marola se transformar em tsunami.  Não era pra ter esse tamanho todo, mas a arrogância de Lula engendrou o super-Bolsonaro.  Agora Inês é morta, vai depender da sociedade civil e das instituições democráticas, ou seja, de nós, segurarmos a onda a partir de 1º/01...


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (25)

Freud explica o que levou quase metade da nação a clicar 17.  Jabor também deve ter a chave desse entendimento...  Deve passar pelo sexo, impulso vital inconsciente que empurra a humanidade para frente. Mas estou sem tempo pra me aprofundar nisso, a vida tá difícil...  Só sei que nas próximas três semanas não vai dar pra ficar vendo/lendo a peroração dos fanáticos...  Quem abusar, dos dois lados, terá a amizade desconectada.  Reconvido em Novembro.  Carpe diem!
Psicanalista Sigmund Freud (1856-1939)
foto: revistagalileu.globo.com

sábado, 6 de outubro de 2018

SAUDADES... (22)

Charles Aznavour, a voz da França, se vai... Fazia tempo que não lembrava dele...  Pudera, é de um romantismo que, talvez, lá por 1950, já lembrasse coisas do século 19, daquelas coisas belas e imortais, como cantar a tristeza do amor perdido em Veneza, Que c´est triste Venise (AQUI), que eu garoto ouvia no radinho de pilha, debaixo do travesseiro... 
Charles Aznavour (1924-2018)
foto: picture-alliance/dpa, in dw.com

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (24)

Quando penso nos últimos anos do país, minha cabeça não me deixa apertar o 13. E quando ouço e vejo certas coisas, meu coração não me deixa clicar o 17.   Mas, se as urnas levarem um desses jilós pra Brasília, vai se tratar então de fazer uma salada de jiló e encarar essa dieta nos próximos 4 anos...  Se prepara!
Salada de jiló por quatro anos...
(foto: mundoboaforma.com.br)

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (23)

Em países onde a dignidade valesse um pouco mais do que vale aqui, se poderia esperar o seguinte gesto:  Ciro e Alckmin anunciariam hoje, no Debate da Globo,  que abdicavam da disputa, em favor de Marina Silva, escolhida por ser mulher e ter um passado mais ilibado.  O centro superaria a diferença para se contrapor a uma polarização hedionda.  Mas não.  Não são capazes disso.  Vão encerrar suas carreiras políticas com esse vexame. 
Debate na Band.  O de hoje, na Globo, terá alguma surpresa?
(foto: Paulo Whitaker/ Reuters, in veja.abril.com.br)


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (22)

Ninguém analisa, ninguém comenta a influência perigosa das pesquisas eleitorais no destino político do país.  Bem, pelo menos o Flávio Tavares fez isso, em texto primoroso AQUI, que copio abaixo. Vale ler e reler. 

SÓ PROBABILIDADES MATEMÁTICAS
 
A enxurrada de “pesquisas de intenção de voto”, em que tudo se resume a números e probabilidades matemáticas, dá a impressão, até, de que eleição é coisa supérflua e que nem precisamos dela. Basta que mil ou 2 mil simulem um universo de mais de 170 milhões de eleitores e, assim, substituam o ato de votar, fingindo que alguns poucos são o todo. Essa simplificação não será uma perversão eleitoral quase tão perigosa como outras (do tipo corrupção e mentira) que transformam a política em lodaçal?

Pouca importância se dá aos projetos dos candidatos e ao que são eles em verdade. O passado, a experiência e as qualidades de cada um (ou as debilidades) não preocupam os comentaristas políticos e pouco aparecem na imprensa, no rádio e na TV. Desinformado sobre quem são os que se apresentam como messias, o eleitor orienta-se quase só pelos prognósticos numéricos chamados “pesquisas”. E são tantas que é como se bastasse cotejar uma a uma para que magicamente substituíssem as eleições...
 
A escolha fundamental da era moderna - a eleição -, em que a sociedade pode conhecer as qualidades de quem deva governar, virou no Brasil um tacanho jogo de probabilidades matemáticas. Escolher presidente da República, governador ou parlamentares não é indicar os números da Mega Sena acumulada.

A insistência nessa avalanche em que poucos fingem ser milhões, porém, faz com que a “pesquisa” induza o eleitor a votar “nos primeiros da lista”. Mais do que decidir, o eleitor aposta, como nos cavalos do Jockey Clube em dia de grande prêmio, pois ninguém quer perder...
 
Por acaso não nos serviria muito mais pesquisar sobre a experiência administrativa dos candidatos e sua dedicação ao que é público?
 
Assim, Geraldo Alckmin poderia detalhar o que fez ou deixou de fazer como governador de São Paulo, tal qual Álvaro Dias no Paraná. O mesmo faria Ciro Gomes, que governou o Ceará e foi ministro da Fazenda, ao substituir Fernando Henrique Cardoso na Presidência de Itamar Franco. Por outro lado, Marina Silva contaria o que fez (ou não) quando ministra do Meio Ambiente de Lula e explicaria por que saiu.
 
Se as pesquisas se baseassem na experiência e (sem serem simples aposta) mostrassem o passado, outros seriam os ponteiros.
 
Fernando Haddad diria por que, como ministro da Educação, abriu o ensino superior a instituições financeiras que cotizam na Bolsa de Valores e pouco se interessam em educar. E narraria o que fez (ou não fez) como prefeito paulistano.
 
Jair Bolsonaro contaria por que foi reformado na carreira militar, chegando só a capitão, e por que teve apagada atuação em décadas como deputado do “baixo clero” da Câmara, passando por nove partidos. E explicaria por que quer resolver à bala os problemas do País. Significa abolir o poder da polícia e, mais ainda, da própria Justiça?
 
Até o Cabo Daciolo diria como o Senhor Deus o fez bombeiro e o mandou apagar incêndios. Boulos diria como os “sem-teto” ocupam prédios vazios. Amoêdo falaria da experiência empresarial. Henrique Meirelles contaria de como dirigiu o Banco Central e fez Lula da Silva se orgulhar de que “os bancos nunca lucraram tanto” quanto em seu governo.
 
Cada qual falaria dos seus feitos e o problema é que são tantos (não os feitos, mas os feiticeiros) que nem se perceberia quem faltasse, como falta aqui.
 
Em vez do curriculum vitae concreto, em que o passado ilumine o presente e aponte o futuro, o tom das pesquisas e do noticiário leva só a números. Agora, os números nem sequer expressam estatísticas corretas. O exemplo é Jair Bolsonaro - por um lado, lidera as intenções de votos, mas é também quem tem a maior rejeição do eleitorado. Em torno de 40% o rejeitam antes de pensarem noutras alternativas. Algo semelhante ocorre com Fernando Haddad, ainda que com rejeição menor.
 
A eleição presidencial não é um plebiscito em que valem só “sim” e “não”. A arrogante petulância com que Lula e o PT nos governaram, como se o Brasil começasse com eles (sem História e apenas com “histórias”), abriu caminho a que as ideias estapafúrdias e violentas de Bolsonaro fossem aceitas de boa-fé em parte dos eleitores.
 
Em nome da “governabilidade”, Lula e o PT entregaram a Petrobrás à bilionária corrupção comandada pelo PMDB e pelo PP. Distribuíram as sobras do banquete aos demais partidos da base alugada (apelidada de “base aliada”) sem se descuidarem de reservar para si a sobremesa. E hoje Haddad, candidato do PT, é o preposto de um condenado e preso.
 
Quando a Justiça condenou e prendeu corruptos e corruptores ou começou a investigar grandes empresários e políticos de todos os partidos, o arcabouço partidário desmoronou ante a opinião pública. Daí em diante, o astuto Bolsonaro, do “baixo clero” da Câmara, despejou sua fúria de atirador “contra o corrupto PT”. Não explicou, porém, por que (nas duas últimas campanhas) omitiu à Justiça Eleitoral bens avaliados em milhões, adquiridos enquanto deputado.
 
Não só nele, mas entre todos os candidatos, como escrevi aqui em junho, o palavrório esqueceu-se do que é notório. A politicalha substituiu a política e votar virou só obrigação de lei. Assim, o grande tema do momento na ciência e na política mundial está ausente da campanha eleitoral no Brasil. Ninguém fala em proteger o meio ambiente nem tem ideia de que as mudanças climáticas nos levarão ao suicídio coletivo.
 
O único que mencionou o tema foi Bolsonaro, mas para ampliar a destruição da natureza - em Rondônia, dias antes da facada, prometeu diminuir ou até eliminar as áreas de preservação ambiental...
 
Com as probabilidades matemáticas, agora construiremos as cinzas do futuro? 

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (21)

No dia da foto abaixo eu cheguei no Doria e passei a receita do bolo: faz uma grande gestão na cidade em quatro anos, se reelege, fica mais dois anos complementando o trabalho, então em 2022 se elege em 1º turno para a presidência do Brasil.  Eu andava animado, cheio de esperança com as reuniões diárias que ele fazia com empresários, buscando recursos para a cidade.  Mas que nada! Não durou nem um ano e meio: ele foi vaidoso, foi guloso, jogou por terra todas as promessas de GESTÃO para a cidade, passou a poltrona para o vice - que de gestor não tem absolutamente nada - e foi... politicar! Aplicou o maior estelionato eleitoral já sofrido pela sofrida e doente cidade de São Paulo!  


domingo, 30 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (20)

São tempos de comoção, movidos por alta amplificação de sons, vozes, ruídos...  Mesmo assim tento manter a lucidez, com tanta coisa importante envolvida, por exemplo nossas vidas.   Mas às vezes parece que a "marcha da insensatez" quer se transformar mesmo, pelo que se avizinha, em marcha da insanidade...    Mas tenho esperança...
Marchando em ordem pra desordem...
(foto: octaviobotelho.blogspot.com)

sábado, 29 de setembro de 2018

LANCES URBANOS (35)

Eis que de repente, em uma pastelaria da Casa Verde, topo com uma... pastelteca!  Sério, livros pra quem vai compras pastéis!  E tinha Kafka, Thomas Mann, poesia de Bruna Lombardi...  Lembrei dos meus livros da Casa Verde no carro, propus a troca e saí de lá com um clássico, O Jovem Torless, de Robert Musil. Entrou na fila dos romances.  Agora estou lendo o maranhense Josué Montello.  Viva a leitura!  Viva a pastelteca!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (19)

Outro dia me toquei que, em 55 anos de vida, nunca tinha me preocupado de ver uma candidatura de extrema direita disputando a presidência do Brasil.  O mais próximo que tivemos, Paulo Maluf, em suas gestões municipais e estaduais mostrou que sua ações estavam bem tropicalizadas, voltadas mais pro próprio bolso do que para a receituário de uma direita radical.  Agora não. Caricato ou não, o atual candidato da extrema direita quer porque quer resolver os problemas da "violência" através das armas para todos, quer que as minorias se adequem ou desapareçam, elogia o governo militar e a tortura, etc.   Eu me preocupava com as extremas direitas europeias, das quais o francês Jean-Marie Le Pen era o símbolo maior, sem nem sonhar que um dia perderia o sono por aqui com isso... Ledo engano...
O extremista de direita tentou a presidência da França e não conseguiu. Já por aqui...
(foto: Charles Platiau/ Reuters, in sicnoticias.sapo.pt)


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

LANCES URBANOS (34)

Sou fã do grupo AMO SP no Face.  Todo dia várias fotos antigas da cidade, super interessantes, como essa da av. Cruzeiro do Sul, na década de 1970, com a linha do metrô em obras.  Nem existia o terminal de ônibus de Santana, no terreno no alto, em que estão dois galpões grandes...  A Cruzeiro estava sendo alargada, com demolições em seu lado Leste...  Show!
Av Cruzeiro do Sul, Santana, anos 1970. 
(foto:  grupo AMO SP no Face)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (18)

Os textos do cientista político Marco Aurélio Nogueira são os meus favoritos, bem escritos, muito lúcidos.  Para ele chegamos onde chegamos por uma "incompetência geral".  E agora começa a bater um certo pânico...  Não vai ser fácil sair do buraco...  Leia AQUI
A charge de Renato Aroeira diz tudo...
(in diariodocentrodomundo.com.br)

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (17)

Leio às vezes os artigos do Fernando Gabeira e vejo que ele - radical no passado - anda mais reflexivo, moderado...  No último texto (AQUI) observou, rodando o Brasil, que está difícil não dar 13 e 17 no 2º turno.  Sei não...  Acho que lambari é pescado, jogo é jogado e voto e votado.  Ainda dá tempo pra alguma boa surpresa...
Gabeira voltando na anistia em 1979.
(foto: Alcyr Cavalcanti/ Agência O Globo, in gauchazh.clicrbs.com.br)

sábado, 22 de setembro de 2018

SHOW DE BOLA! (89)

Entra a Primavera!  Com ela, lembremos dos ciclos da existência. Nos momentos que parecem querer sair do controle, pensemos em um parque florido, em uma flor aberta e luminosa, numa bela paisagem, valorizando as coisas simples da vida.  Faz parte temperar a luta com beleza e sensibilidade, penso assim.  Boa Primavera para todos e todos!
Vista da varanda na Vila Mariana. Bem-vinda Primavera!

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (16)

Quem tem pai ou avô de mais de 80 anos sabe como é bom ouvir a voz da experiência.  Pois é...  O eminente sociólogo, presidente do país por 8 anos, um senhor de 87 anos, se dá ao trabalho de escrever uma carta pedindo união,  contra um perigo que nos ameaça, e resultado, veja só:  leva pedradas!  É ou não é sinal desses tempos que têm quem tem na frente das pesquisas? 
FHC
(foto: Uriel Punk/ Agência O Dia/ Estadão Conteúco, in gp1.com.br)

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (15)

O Estadão gosta de mim.  Cartinha publicada no impresso de hoje.  FHC falou a mesma coisa, só que...  Só que pede pra todos se unirem em torno de Alckmin.  Mas, por que não pode ser outro?  Se o tucano tomar a iniciativa de abrir mão da candidatura, essa chance existe.  Se não...


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (14)

O terceiro homem da pretensa república: Levy Fidelix.  Pra reflexão de vocês...
Curioso triunvirato nacional... 
(foto: Marcelo Chello/ CJPress/ Folhapress, in noticias.uol.com.br)

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (13)

Os cientistas políticos José Álvaro Moisés (ontem) e Bolivar Lamounier (hoje) jogaram a questão: se não houver um ato efetivo de altruísmo entre os candidatos do centro, o risco de um 2º turno com os dois extremos, e daí uma situação complicadíssima para o país, é enorme.  No caso, altruísmo significa que alguns candidatos deveriam abdicar da candidatura em nome de um único.  E rápido, porque as eleições acontecem em menos de 20 dias!  A questão é:  quem abre mão e quem recebe a doação?  Me lembra o filme Alguém Tem que Ceder, com Diane Keaton e Jack Nicholson.  Filminho água com açúcar, pra ver na Sessão da Tarde, sei, mas me lembrou porque... alguéns têm que ceder!  Quens?  Em nome de quem?  Triste dizer, mas tá com cara de ninguéns...
Jack e Diane na praia...  quem vai ceder?
(foto in br.hbomax.tv)

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (12)

Gosto de artigos econômicos que colocam o dedo na ferida, fogem do lugar comum defensivo.  Por isso sempre li com prazer os textos de Aloísio Biondi e de Amir Khair, textos tomando posição.  Ultimamente me interessam os artigos de Monica de Bolle.  Neste AQUI, ela fala dos números 13 e 17, a saber: números primos,  usados pelos dois líderes na corrida eleitoral e, pelo que li, números que tendem a nos levar ao caos...  
13 e 17: números primos que tendem ao caos...
(foto: reforcandomatematica.blogspot.com)
 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (11)

Pra quem gosta de futebol, a metáfora é simples: no 2º turno da Copa do Mundo das eleições 2018, o Brasil pode ter de um lado um Lazzaroni "Zé Ninguém" (triste Copa de 1990), e de outro um Dunga pela 3ª vez (Copa de 2010 e eliminatórias de 2014).  Como acreditar que o Brasil possa ganhar a Copa com isso??  Só que a Copa das eleições é muuuuuito mais importante que a de futebol...
Vamos perder a Copa de novo?  
(foto: Reuters/Toru Hanai, in terra.com.br)

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (9)

Nenhum texto é definitivo, mas alguns se aproximam disso, como esse do escritor Flávio Tavares, juntando incêndio, facada, violência, Hitler...  Copio abaixo "Nas cinzas da facada"  caso não consiga acessar AQUI.  Imprima pra ler com calma. Imperdível, creio. 

A tosca brutalidade deste setembro foge às interpretações normais e se transforma em paradoxo de si mesmo. As contradições esbarram umas nas outras, disputando espaço.
Primeiro, o fogo que destruiu o Museu Nacional, no Rio, consumiu em poucos minutos o que fora acumulado em séculos, num retrato do incêndio geral que hoje perpassa o Brasil como tragédia. Depois, o candidato presidencial que propõe liberar o uso de armas e caça votos a partir da violência verbal foi esfaqueado em plena rua.
O crime jamais foi instrumento da política e, assim, a tentativa de assassinato em Juiz de Fora é repugnante em si. O fato de o criminoso ser um aparente desequilibrado não diminui a aberração. A insanidade atenua o tipo e o rigor da pena, ou exclui o caráter político da ação, mas não altera a sordidez do atentado.
No entanto, Jair Bolsonaro foi também vítima da própria ideia de violência constante, suporte de sua candidatura, que ele mesmo apregoou de norte a sul. Sua linguagem teve invariável tom destrutivo, como se ocultasse ódio interior. A insistência em armar a população para enfrentar a violência significaria abolir o próprio Estado, destruindo a polícia e a Justiça e, assim, criando o caos absoluto.
Cada proposta soava como chamamento a substituir o diálogo pela ferocidade da imposição de ideias, como nas ditaduras. Noutras ocasiões exibiu destemperado machismo – numa palestra no Rio contou ter quatro filhos homens e acrescentou: “No quinto, fraquejei e veio mulher”.
Por tudo isso tornou-se réu no Supremo Tribunal por “apologia do crime”, por “incitar ao estupro” e por “racismo e injúria”. O próprio ministro Marco Aurélio Mello relator dos processos, já indagou, publicamente, se “réu pode ser candidato”. Não pôs em dúvida o aspecto legal (aplicável aos condenados em segunda instância, como Lula da Silva), mas, sim, a legitimidade moral de um réu se candidatar a chefe de Estado e de governo.
Para parecer diferente dos políticos Bolsonaro evitou aliados, ainda que desde 1989 ele próprio viva dessa mesma política degradada. Foi vereador e quatro vezes deputado federal, passando por nove partidos.
Os desvarios e desequilíbrios atraem os desequilibrados e neles se multiplicam. A partir daí podem redundar em adesão fanática ou em inimizade gratuita, igualmente fanatizada. Em ambos os casos tudo é cego, como todo fanatismo. Ao ser preso, interrogado sobre quem o mandou esfaquear, o criminoso respondeu: “Foi Deus, lá de cima!”.
Invocar o nome de Deus em vão, como artimanha tática, foi usual também na campanha de Bolsonaro. Dias antes do atentado, os cartazes que o receberam em Presidente Prudente e noutras cidades proclamavam: “Deus acima de todos”. Mesmo assim, ele defendeu o uso de armas e se fotografou ao lado de crianças, esticando o braço como se as ensinasse a disparar um fuzil.
Que odioso deus o saudava? O amor é a única arma de Deus. Não há amor irado e a ira jamais serviu a nada, menos ainda ao ato de governar.
Esses pequenos “incêndios” na campanha eleitoral lembram a Alemanha de 1930 e o caos que, três anos depois, levou Hitler ao poder. Eram tempos de frustração e desesperança. Derrotados na guerra de 1914-18 e desabituados à democracia, os alemães desconheciam o debate de ideias e o diálogo político.
O partido nazista formou, então, “grupos armados” para “reerguer o orgulho da Alemanha”. Em 1933, pregando a violência, Hitler chegou ao poder pelo voto. Não buscava unir o país no diálogo para solucionar problemas. Ambicionava o poder para impor a violência.
O mais minucioso biógrafo de Hitler, o alemão Joachim Fest, lembra que a aceitação das absurdas ideias nazistas só ocorreu porque a Alemanha “era um país profundamente exasperado” e “sem rumo”.
O Brasil de 2018 é, também, um país exasperado e sem rumo. A corrupção gerada no conluio entre governantes e grandes empresários desacreditou a política e reduziu os políticos a cinza inservível.
A tática de Hitler, lembra seu biógrafo, “consistia em concentrar as energias para fugir do anonimato e destacar-se de qualquer forma dos concorrentes”. Assim, acrescenta, “tornou-se famoso pelo cinismo alucinante que foi sua característica”.
É a tática do “falem mal, mas falem de mim”, com que, aqui, Jair Bolsonaro saiu do anonimato e virou candidato. Foi assim que dias antes do atentado, reunido com ruralistas em Rondônia, prometeu reduzir as áreas de preservação ambiental e criticou a visão unânime da ciência sobre o perigo do desmatamento da Amazônia.
Hitler foi “uma mistura de excentricidades e gafes”, definiu seu principal biógrafo. Transpondo a 2018, basta estar atento para observar algo similar entre nós. Já lembrei aqui que Lula e Bolsonaro são iguais no tom místico e autoritário, na habilidade de nunca revelar o que são ao esconder-se mais ou ocultar-se menos.
Condenado e preso, Lula já não é candidato, mas segue em campanha como escudeiro de Fernando Haddad. Em árabe, Haddad significa “ferreiro”, mas ele quase nada forjou como ministro da Educação, além de entregar o ensino superior a grupos que comercializam ações na Bolsa de Valores. Não foi, também, violência?
O atentado de Juiz de Fora é alerta e advertência. A oca campanha eleitoral não pode ser substituída pela violência. Nem sequer em pequenos gestos, como o da foto de Bolsonaro no hospital levantando os dedos para simular um revólver.
Seria absurdo culpar a vítima pelo crime, mas no horror atual não há espaço para nenhum mártir. Não há nenhum Gandhi. Tudo é alucinação e, entre as cinzas da facada, só resta o velho adágio: violência gera violência.
Museu Nacional em chamas.  (foto: Reuters, in bbc.com)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

SHOW DE BOLA! (88)

Avistei, pensei que era um sebinho, e assim rumei pra lá com a convicção que leva um adicto ao balcão do bar em busca da caninha... mas qual!  Era uma loja de locação de livros!  Milhares de livros, em especial ficção, disponíveis por R$ 3, ao dia, ou R$ 15, por mês, para um exemplar...  É a Toca da Leitura, em Moema... Mas não serve para mim: apegado, preciso do livro - minha cachaça - sempre à mão!  rsrs
Rua Canário 1035, Moema.  A Toca da Leitura. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (8)

O que chamam de "voto útil", eu às vezes chamo de "voto responsável", mas prefiro mesmo chamar de "voto necessário".  Com a crise econômica se arrastando há mais de três anos, do jeito que os ânimos estão acirrados, com as redes sociais potencializando os confrontos, se qualquer um dos extremos assumir a presidência em 2019 os conflitos vão se exacerbar de maneira incontrolável!  Estaremos a um passo das radicalizações e da paralisia total, ou seja, do caos, como dizia Helio Jaguaribe.  Não quero isso!
imagem: engeplus.com.br


terça-feira, 11 de setembro de 2018

SAUDADES... (21)

Hélio Jaguaribe foi um estudioso da oscilação na democracia brasileira. A Revolução de 1930 resultou no Estado Novo ditatorial.  O golpe militar de 1964 por 21 anos tolheu a manifestação política da sociedade...  Já hoje algumas candidaturas lamentavelmente não dão ênfase à vida democrática em suas plataformas, questionando esse modelo.  Jaguaribe, junto com pensadores como Darcy Ribeiro, Celso Furtado, Florestan Fernandes, entre outros, buscava o caminho para uma sociedade mais justa, plural e equilibrada.  Na pessoa de Jaguaribe, que partiu ontem, a homenagem a esses pensadores que, nesses tempos rasos, deixam saudades...
Cientista político Hélio Jaguaribe (1923-2018)
foto: Nelson Pérez/ Valos, in oglobo.globo.com


sábado, 8 de setembro de 2018

INDIGNAÇÃO! (38)

Só para que fique claro, o Museu Nacional tinha duas bibliotecas: uma, a própria, ficava em outro prédio próximo. Porém mais de 35.000 volumes, entre livros e publicações, viraram cinzas de conhecimento.  Era a Biblioteca Francisca Keller, do programa de pós-graduação de Antropologia Social da UFRJ.  Essa biblioteca sim ficava no prédio consumido pelas chamas.  35.000 volumes de Antropologia (AQUI), no inventário das perdas eternas...
A Biblioteca Francisca Keller ficava dentro do prédio torrado.
(imagem: ppgas.biblioteca.ufrj.br)

terça-feira, 4 de setembro de 2018

INDIGNAÇÃO! (37)

Perguntas simples: nenhum candidato vai se comprometer - se eleito - a entregar em 2022, na celebração dos 200 anos da Independência, uma parte do Museu Imperial recuperada? Quatro anos não dão pra nada? Vão fugir da raia desde já?
Foto: Mauro Pimentel/AFP, in istoe.com.br

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

INDIGNAÇÃO! (36)

Há dois anos, no Rio, desejei visitar o Museu Nacional na Quinta da Boa Vista.  Consultei folhetos e logo vi que era um passeio desprestigiado...  Indaguei moradores e todos desaconselharam, devido ao abandono...  E agora os drones mostram: só restaram as paredes.... Tudo, absolutamente todo o acervo e riquezas que havia ali, ardeu e desapareceu sob as chamas (AQUI) do descuido, do abandono, da irresponsabilidade.  3 de Setembro, vésperas de 7 de Setembro, dia tristíssimo no país...
Não há palavras para descrever...
(foto: Uanderson Fernandes/ Agência O Globo, in oglobo.globo.com)

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

SHOW DE BOLA! (87)

Falo Ignácio de Loyola Brandão e algumas coisas me vêm à cabeça:  encontrar com ele sentadinho e discreto em um vagão de metrô da Linha Verde...  Seu autógrafo no Veia Bailarina, relato da recuperação de um AVC...  Ou antes disso, o impacto da leitura de Zero...  Nesta semana lançou seu 45º livro (crônica AQUI)...   Quase nativo de Pinheiros, será o araraquarense o maior escritor paulistano ever?
ILB acaba de lançar seu 45º livro...
(foto: Alexandre Guzanshe/ EM/ D.A.Press, in uai,com.br)