segunda-feira, 21 de abril de 2025

SAUDADES... (57)

Terminei o café e abri o jornal - ritual antigo - para o scanner matinal. Da seção de esporte os olhos passaram pela foto do papa na Páscoa e o pensamento foi simples: ele não está bem. E seguiram adiante...  Meia hora depois o chamado aflito da Adri - o que terá sido meu Deus? - veio com a resposta: "O papa Francisco faleceu".  Fiquei com o olhar perdido, percebi, meio sem foco em nada: foi-se o papa mais querido - disparado - dos cinco que vivi. (Pa-pa-Pá, Pa-pa-Pá, Papa Paulo 6º, brincava de dizer. Meu papa até os 15 anos. Era simpático. 1978 foi um ano estranho, teve 3 papas. Lembro onde estava quando ouvi que João Paulo 1º tinha morrido, um mês depois de assumir, estranhíssimo. E veio João Paulo 2º, com ares atléticos e sorrisos de roliúdi. Depois Bento 16, meio o oposto, cara brava, o único que vi ao vivo, na varanda do mosteiro de São Bento, noite garoenta de 2007...). Liguei a tv e passava uma entrevista recente de Jorge Mario Bergoglio, nosso argentino mais querido, Francisco 1º: Acredito que Deus, nesse momento, está nos pedindo mais simplicidade. Nesses tempos confusos, terá a Igreja um novo sumo pontífice que nos oriente profundamente pela mensagem de Cristo? Tenhamos esperanças. Saudades...

Estadão de 21/04/25


quinta-feira, 17 de abril de 2025

LENDO.ORG (70)

Não postei um "Saudades..." para Mario Vargas Llosa, mas ao ler trechos do seu discurso de posse no Nobel, achei que poderia. Um ferrenho defensor da democracia, inimigo público dos tiranos e autocratas. Pero assumo que tinha bronca de algumas posições políticas do grande peruano. É que quando se pisa fundo na defesa do liberalismo, o risco de derrapar existe, como achei que aconteceu em artigos que li do autor de Pantaleão e as visitadoras e A Guerra do fim do mundo, livros dele que li e não me arrepiaram, critério principal. O discurso sim (se quiser cópia me peça), arrepiou. "Uma ditadura representa o mal absoluto, uma fonte de brutalidade e corrupção, e de feridas profundas que demoram muito para se fechar". Llosa relatou que conviveu com pessoas de todos os tipos, pessoas excelentes, boas, ruins e execráveis. (Quando li execrável pensei naquela pessoa, se é que se pode chamar de pessoa...).  Mas aí lembrei de outra e pensei: nenhum daqueles adjetivos a define. Melhor louca. É. Marina Abramovic. Faz uma semana peguei na estante esse livro, que comprei faz tempo, fui dar uma olhada... e não larguei mais. O não-ficção do momento, junto com o de ficção da última postagem (aqui), que vai longe. Com essa cara de séria, de mulher madura e definida, ela comete as maiores maluquices em suas performances, usando seu corpo como suporte. Beirando o místico e o atroz. É. Trata-se das memórias dessa sérvia, de Belgrado, dos tempos da Iugoslávia de Tito... Com 78 anos, parece que até hoje é atirada. Louca. E tem os santos também. Começou o processo de canonização de Gaudí, por ter dedicado a vida a erguer a catedral da Sagrada Família, em Barcelona. Um milagre arquitetônico, dirão, justificando o santo...  Excelentes, boas, más, execráveis, loucas e santas podem ser as pessoas. O que mais? 

Um livro por dia. Não sabe o bem que lhe fazia.


sexta-feira, 21 de março de 2025

LENDO.ORG (69)

Faz um ano minha biblioteca (80%) está encaixotada. Dá saudade! Por isso movi ajuda e músculos, trouxe as caixas pra cima, abri todas (menos as "São Paulo") e, revisitando, enxuguei o acervo, direto para o bazar da AACD. A essa altura da estrada da vida temos que ter o melhor junto de nós. Os melhores amigos, o melhor papel higiênico, os melhores livros... De mil, não vou tirar 100 - "os menos melhores" - e passar adiante?  Assim fiz, enquanto a biblioteca fica à espera de novas e melhores prateleiras... Pertinho ficam aqueles 20%, os queridinhos, os certeza-da-vitória. Mesmo assim é comum acontecer de pegar pra ler o último livro que entrou... É.  Aí vale o conceito UEPS. Em 81 entrei na PUC em Ciências Contábeis, eufemismo pra Contabilidade. No primeiro dia de aula, quando o professor abriu os razonetes de débito e crédito no quadro-negro (ou lousa?) eu olhei pro Jorge, o Jorge olhou pra mim e viramos amigos instantaneamente: "Não vai dar pra ficar 4 anos vendo isso ne?!", dissemos em uníssono.  O Jorge, japonês fora da curva que gostava de barzinho (As últimas nuvens azuis do céu da alameda principal, na Jaú, seu preferido), o Jorge reoptou pra Matemática, eu reoptei pra Ciências Econômicas (vulgo Economia). Mas antes tivemos que sofrer dois semestres com Introdução à Contabilidade, de onde me ficaram mais vivos os conceitos de estoque PEPS e UEPS. E esse último mais, porque sempre aconteceu mais: UEPS - Último a Entrar, Primeiro a Sair. Pois agora mesmo, acabou de chegar o livro do mês do Clube de Literatura Clássica: Ivanhoe, de Walter Scott. Chegou e já saiu direto pra leitura! Um clássico. Por que minha mãe pronunciava esse nome em inglês, "aivanrrou", em vez do acaipirado Ivanhoé? Mistério. Um legítimo clássico. Espirituoso e divertido. Pioneiro no gênero romance histórico. Saxões x normandos, cristãos x infiéis... Código do amor cortês (lembra?)... 500 páginas daquela Idade Média, bom pra fugir dessa nossa.

Ivanhoe - romance histórico da Idade Média britânica.


terça-feira, 4 de março de 2025

LANCES URBANOS (101)

1971. Por essas e outras mantenho o Face, essa foto veio de lá, resgatando lembranças concretas. Eu tinha 8 anos e morava no prédio Alice [1], na rua 25 de Março. Lembro das palmas brancas no jardim do parque Dom Pedro II, antes desse estacionamento, um passeio frequente para minha mãe, a meros 100 metros do lar. Em [2] está o edifício Guarany, famoso projeto de Rino Levi, porém mais famoso porque atrás, enterradinho entre o prédio e a Secretaria da Fazenda, ficava (e fica, creio) o Grupo Escoteiro Parecis. Fui lobinho ali. Acampei em Ribeirão Pires, aprendi (e logo esqueci) a dar nós, a akelá era loira sueca (o chefe escoteiro também!), e era um tal de - sempre alerta! - caçar a boa ação do dia... Em [3] o Batalhão de Guarda do Exército que, voltando da escola na Mooca, eu via o sentinela na sentinela, hoje nem um nem outra, quase escombros...  Pouco acima, as obras da ligação Leste-Oeste, que foi uma ponte de safena necessária para substituir a cansada e saturada avenida Celso Garcia...  Em [4] uma falta que sinto: nunca entrei nesse colégio, a Escola Estadual São Paulo, ao lado do Caetano de Campos talvez a mais clássica dos escolas públicas paulistanas. Sua arquitetura, há 50 anos, parecia futurística...  O estacionamento gigante (primeira grande impermeabilização da cidade?) antecedeu o não menos gigante terminal de ônibus, despejando e recolhendo pessoas de manhã e à tarde, o movimento pendular que nem aos Domingos diminuía, porque no Centro estavam as maiores e melhores diversões da cidade...  Em 72 mudamos para o Bixiga e aí são outras histórias...

Quatro referências no parque Dom Pedro II em 1971. (fonte: Facebook)


Já citei o prédio Alice aqui. Se o Guarany é de 1942, o Alice deve ser da década de 30 talvez, vou pesquisar.  Apartamentos pequenos, de um quarto, na década de 60 abrigavam famílias multi-étnicas.  Lembro de árabes, armênias e japonesas, todas esperando o momento de sair dali.  O Centro ainda não degradara, mas os primeiros 300 metros da 25, entre a Rangel Pestana e a General Carneiro, era conhecido pelos galinheiros.  Isso mesmo, tinha vários galinheiros, num tempo em que matar e depenar frango em casa não era estranho. Já tinha as lojas de tecidos, é verdade, minha mãe simpatizava (quem disse que a mãe da gente não pensava bobagem?) com um Hamuche que depois ficou rico... mas o cheiro das galinhas prevalecia e as famílias (até a baiana) foram migrando para bairros mais (ou menos) cheirosos... 

Em 2012, o prédio Alice já cortiçado. À direita a rua Luis Teixeira (Beco do Corisco),
 e a seguir o arco do Beco do Pinto, que liga com o Pátio do Colégio


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

UM NOVO TEMPO... (8)

É, um filtro. Ainda tem em casa? Fui pra Minas e estranhei o filtro, só no terceiro dia experimentei, e que delícia (água quando se tem sede é das três coisas mais gostosas do universo). O que tem o filtro? Seguinte: tem que filtrar. Tem que filtrar tudo. Se não reparou repare. Filtrar pra pôr pra dentro. Filtrar pra pôr pra fora. Quem não filtra se expõe. Quem não filtra espalha. Tudo mesmo? Sempre? Isso, pensadamente, lembradamente (a gente esquece) até que se torne natural, quase imperceptível, uma arte, o filtrar. E vire fluxo cristalino, aquela fonte ininterrupta e benfazeja que admiramos nas matas... A natureza filtra, nada é excessivo. Disse o poeta que a calma sabedoria é calar, calar. Exagerou. Filtrar tá de bom tamanho. Um exercício. Agradeço (e nem sempre entendo) quem filtra. Dá vontade de inaugurar uma religião, o Filtrismo... Filtro e encerro. 

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

SHOW DE BOLA! (113)

RPPN, chuvas, cachoeiras, Saint-Hilaire, café, escorpião... Por onde começar? Ingredientes de uma viagem show de bola... E começa que Minas é um mundo de 853 cidades. Na Serra da Canastra são pelo menos 10, dependendo de por onde se entra, ou se sai...  Entramos por Delfinópolis, saímos por São Roque de Minas, em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural de quase 100 hectares (um Ibirapuera!) só para preservar. Explorar (quem não preserva explora?), só turisticamente. Coisa mais linda existir RPPNs. A RPPN Cachoeira do Cerradão (quem tem insta vê, eu não) tem a segunda cachoeira mais imponente entre as cento e tantas da Canastra. Estar ao pé dela, seus três andares encorpados pela chuva dos dias e das noites, foi um momento raro na vida. As trilhas são um desafio para bichos urbanos, mas é ler Saint-Hilaire pra ver que isso é fichinha. Há 200 anos, antes da independência, o francês passou 6 anos no Brasil, caminhando por picadas inexistentes, chegou até a Canastra em busca da nascente do São Francisco e relatou isso com muita sensibilidade em um de seus muitos diários que viraram livros. Pessoas assim estimulam sucessores ao longo dos séculos. Na acomodação (pra não dizer airbnb, não combina), três livros do pesquisador Sávio Freire Bruno, que dedica a vida ao pato-mergulhão, seriamente ameaçado de extinção, e que só nidifica junto à nascente do São Francisco, que a chuva e a lama não permitiram visitar. Uma vida dedicada a uma espécie em extinção... existem pessoas assim, vale enfatizar. 

E é só o primeiro andar da Cachoeira do Cerradão...

Acontece que a natureza era tanta que pintou um escorpião no quarto... E aí?  Me digam as Ana Marias, as Maria Josés e as Nancis que se dedicam ao animais de um jeito que não entendo, o que fazer numa hora dessas?  Fiz e pronto. Capitólio nuns trechos me lembrou o litoral norte, Furnas pra que te quero! Quem disse que praia de mineiro é no Espírito Santo?  Ok, Minas tem queijo, mas o que mais vi foi pés de café. Infinitas plantações de café. Dá pra entender o preço estar como está? De quebra, conheci Guaxupé. Lá choveu menos que cá. Que bom.

Salve os grandes pesquisadores e estudiosos!


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

LENDO.ORG (68)

São Roque é a cidade do vinho, Franca é a do calçado, ok... mas quem sabe qual é a cidade do livro? Entre Botucatu e Bauru está essa jóia. O que?, dirão, eu disse, quando vi essa matéria AQUI, como pode Lençóis Paulista pretender um epíteto tão nobre, de tanta responsabilidade, ser a cidade do livro? Um dia vou conferir... E esse dia chegou. Para arrumar as ideias depois de um 2024 agitado, por que não na... cidade do livro?  Passo 3 dias lá e aproveito pra checar se essa hipótese (o sonho) que virou tese (decreto municipal) transformou a teoria em prática. Chequei, gente: transformou. Lençóis Paulista faz jus ao título. 

Na praça principal da cidade, a senhora biblioteca.

Claro que fui com ganas de desmistificar, cheguei num Domingo e me armei para atacar a cidadela da biblioteca logo na 2ª-feira cedo.  Porém ao ser recebido com um sorriso pela bibliotecária Silviane e equipe, me desarmei na hora. Espaço de paz na Biblioteca Municipal Orígenes Lessa. Simpática, organizada, bem iluminada, que abre simplesmente das 8 às 21h!  E aos Sábados das 8 às 17h.  Fala sério, ali não tem miséria com horário não! E que acervo! São 160 mil livros, contra uma população de 70 mil pessoas, uma das razões de ganhar o título: a cidade tem mais livros do que moradores. Mas isso não é nada, porque são OS LIVROS. Em síntese: por volta de 1963 o escritor Orígenes Lessa, nativo da cidade e membro da Academia Brasileira de Letras, foi convidado pelo fundador da biblioteca, o morador e literato Zanderlite Verçosa, a fazer campanhas pelo crescimento da mesma.  Publicitário que também era (criou a marca Kibom, entre outras), Orígenes arregaçou as mangas e inventou caravanas de escritores até a cidade, para que fizessem doações, e os que doassem mais livros dariam nome às avenidas, ruas e travessas, conforme a quantidade de livros doados. Pronto!  Você preferiria ter seu nome numa viela ou numa avenida? Resultado:  Jorge Amado, Manuel Bandeira, Drummond, Raquel de Queiroz, Paulo Ronai, e outros, são nomes de logradouros em um bairro. Um alinhamento de astros no céu e na terra agraciou a cidade, e a biblioteca foi crescendo... A cidade não tem sebos, porque os moradores doam livros para a B.M. Orígenes Lessa.

A seção de livros autografados no andar superior é enorme. Volumes bem conservados, embalados em capa transparente que protege e dá brilho, um primor.  Mas pensa que é só?  O melhor (ou mais nobre) está do outro lado da rua: o Espaço Cultural Cidade do Livro.  Um casarão ampliado para receber a biblioteca infantil e a área de conservação e restauro dos livros antigos que chegam, e ainda acondicionar, como devido cuidado, as obras raras mais importantes, além de revistas de época e jornais antigos. Para não ser um "depósito de livros", os funcionários fazem uma triagem atenta, e os livros repetidos são distribuídos por 2 ramais da biblioteca na cidade, e por sete "geladeirotecas" espalhadas pelos bairros. Visitei duas geladeirotecas, abri e estavam bem abastecidas, cheias da cerveja que a população da cidade gosta: livros. Salve os ébrios de Lençóis!

O Espaço Cultural Cidade do Livro merece visita guiada.

O fardão acadêmico do "imortal" José Mindlin, o maior bibliófilo brasileiro, exposto no espaço cultural, mostra a consideração que foi dada a esse empreendimento.  Passei dois dias mergulhado no acervo, pedi no balcão livros difíceis de encontrar por aí, e logo me foram entregues... Em visita guiada conheci o belo trabalho feito pela funcionária Inês e equipe, no trato às obras danificadas pelos anos de uso (ou abandono), que chegam ali pedindo socorro, e encontram.  

Geladeirotecas por toda a cidade...

Lençóis Paulista é cidade do livro por decreto municipal. Tramita em Brasília um projeto de transformá-la em cidade do livro nacional.  Aí, se cidades maiores ficarem melindradas com a pretensão da cidadezinha do interior, olha, vão ter que apresentar coisas bem consistentes para "roubar" esse título de Lençóis Paulista. Mas para tudo isso permanecer, é preciso contínuos investimentos em equipamentos, softwares, móveis, projetos de divulgação e principalmente recursos humanos. Fica a torcida para que os gestores municipais sigam incentivando essa proposta, trazendo pra cidade turistas interessados em livros. O mundo dos livros vive atacado por alienígenas de todos os lados. Amantes de livros, somos minoria indefesa, tadinhos de nós... E viva Lençóis Paulista!

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

E AÍ? (7)

Eu, você, todos lembram onde estavam quando Senna morreu. Mas quem lembra onde estava no famoso e triste 8 de Janeiro de 2023? Eu sim, na casa do meu irmão. Muito raro eu almoçar lá, mas por aqueles dias estávamos correndo casas de repouso para hospedar meu pai, então estava lá naquele Domingo. Almoçamos, não tinha TV a cabo, fiquei zapeando os canais abertos. Na Globo rolava um filme no Temperatura Máxima, e de repente em outro canal a imagem fecha na desordem em Brasília, um bando numeroso se aproximando da praça dos Três Poderes...  E na Globo rolando o filme... Péra aí, os caras estão forçando e invadindo os prédios dos três poderes, estão vandalizando!... e a Globo tocando o filme... A essa altura da vida não tenho nada contra a Globo, o buraco é bem mais embaixo do que possam tramar as mídias tradicionais, coitadas, correndo atrás do prejuízo que o YouTube e as redes sociais trouxeram, sem volta... Foi só uma das maiores cochiladas que eu vi acontecer ao vivo na TV, a maior emissora do país "comeu bola" em uma situação bizarra que pôs em risco sim a democracia brasileira.  Quem estuda a história do país sabe quantas vezes a mesa político-democrática foi virada assim, por decisão de uns poucos. Alguém disse que o 8 de Janeiro foi uma "conspiração tabajara", em que o despreparo e a incompetência jogaram a favor da Nação. É por aí. Com um pouco mais de esmero no planejamento e na execução, forçoso dizer, teriam conseguido criar uma situação de desfecho indefinido. Viria uma guerra civil? Difícil, o brasileiro é pouco brioso... Enfim, demos sorte, o golpe não rolou. Dois anos depois, e aí? Amanhã, 8 de Janeiro de 2025, vários atos estão programados em Brasília, não para rasgar a Constituição, mas para reforçar as instituições. Inclusive a entrega do restauro de obras de arte que os aloprados destruíram naquela tarde surreal. Vamos acompanhar esses atos. Que fique como uma data histórica, contra o arbítrio, pela democracia. 
Alopração máxima em 8 de Janeiro de 2023. 
foto: UOL Notícias, in jornaltribuna.com.br