Como em 2022 (aqui) e 2023 (aqui), hora de fechar a contabilidade de livros lidos, os melhores do ano, quanto gastei com livros em 2024... Se o Brasil perdeu 6,7 milhões de leitores nos últimos 5 anos, conforme pesquisa do Instituto Pró-Livro (aqui), ou seja, se a cultura brasileira tomou um 7 a 1 vergonhoso, não joguei nesse time. Li 30 livros, gastei mais R$ 4 paus neste ano com essa minha cachaça, e a menos que eu pire de tanto ler, como aconteceu com Quixote, quero bater esses números em 2025. Quem dera. Continuam dizendo que sou o aposentado mais agitado do Brasil, mas não importa. O importante é querer lê-los e conseguir cavar um tempo diário pra eles. No fim do ano é mais difícil, atarefado, por isso não estou conseguindo terminar o não ficção mais querido do ano: Em Busca da alma brasileira - Biografia de Mário de Andrade, de Jason Tércio. Um catatau de 500 páginas. Estou em 1927. Mário acabou de voltar de uma viagem de navio ao Peru. Mário, Olívia Guedes Penteado e mais três moças! Hoje não se vai na esquina sem medo, pois Mário encarou o rio Amazonas de ponta a ponta, por três meses, sem companhia para defender as donzelas! Um herói sem caráter? rsrs E o livro de ficção do ano foi A Morte escarlate, de Jack London. Fininho. Quase uma novela. London cria em 1912 uma pandemia que dizimou a população do planeta, ficando uns poucos para recomeçar a sociedade. Nem se inspirou na gripe espanhola, de 1918. A antevisão dos grandes romancistas... Por que leio tanto? É um prazer, como todo vício, difícil de descrever. E também quero, com as leituras, me aprimorar e assim aprimorar os relacionamentos. E ainda buscar um pouco de silêncio... E você? Está com um bom livro pra deitar e curtir? BOAS FESTAS pessoa querida! Saúde e alegrias em 2025.
Não ficção e ficção. Os mais queridos de 2024. |