Tem contas que não fecham. Gastei R$ 6 mil em livros em 2021, e li apenas 22 títulos. Resumindo: tive tempo pra comprar, mas não pra ler, livros. Não há de ser nada, 2022 promete mais tempo para esse que é um dos meus três prazeres sublimes na vida. É, listo e dou notas para os livros lidos. Por coincidência 11 ficção, 11 não-ficção. O romance do ano foi Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse. Esse alemão/suíço é meu escritor predileto há anos. Sabe aquilo? Profundidade psicológica, riqueza espiritual, fôlego narrativo, boas pitadas de erotismo... Humanista puro, Hesse me puxa lágrimas com frequência. E em não-ficção, Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum. Li três livros dessa jornalista gaúcha/paulistana/altamirense neste ano. Gamei no sua prosa rica em recursos de linguagem, mas sobretudo forte, muito forte, na investigação da realidade. E a realidade da detonação da Amazônia precisava de um texto assim. Escrevi no Face que o texto da Brum é uma paulada, alguém disse que é uma alavanca... E é isso mesmo.
Parabéns por ser um grande leitor em um país que tão pouco valor se dá à leitura. Tive que ouvir a pergunta se meu meu neto é uma criança normal porque lê muito. Triste concepção da maioria de nosso povo. Não ganhei livro de meu amigo secreto.
ResponderExcluirBoas leituras em 2022, meu amigo.
ResponderExcluirQue o novo ano te traga o precioso TEMPO para todos os seus prazeres!
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