quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

LENDO.ORG (50)

Tem contas que não fecham. Gastei R$ 6 mil em livros em 2021, e li apenas 22 títulos. Resumindo: tive tempo pra comprar, mas não pra ler, livros.  Não há de ser nada, 2022 promete mais tempo para esse que é um dos meus três prazeres sublimes na vida.  É, listo e dou notas para os livros lidos. Por coincidência 11 ficção, 11 não-ficção.  O romance do ano foi Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse.  Esse alemão/suíço é meu escritor predileto há anos.  Sabe aquilo? Profundidade psicológica, riqueza espiritual, fôlego narrativo, boas pitadas de erotismo...  Humanista puro, Hesse me puxa lágrimas com frequência.  E em não-ficção, Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum.  Li três livros dessa jornalista gaúcha/paulistana/altamirense neste ano.  Gamei no sua prosa rica em recursos de linguagem, mas sobretudo forte, muito forte, na investigação da realidade.  E a realidade da detonação da Amazônia precisava de um texto assim.  Escrevi no Face que o texto da Brum é uma paulada, alguém disse que é uma alavanca... E é isso mesmo.




3 comentários:

  1. Parabéns por ser um grande leitor em um país que tão pouco valor se dá à leitura. Tive que ouvir a pergunta se meu meu neto é uma criança normal porque lê muito. Triste concepção da maioria de nosso povo. Não ganhei livro de meu amigo secreto.

    ResponderExcluir
  2. Que o novo ano te traga o precioso TEMPO para todos os seus prazeres!

    ResponderExcluir