A tecnologia nos abre tantas portas,
que chegamos a pensar que poderia nos abrir os portões de um mundo novo, livre
dos atrasos e dos mecanismos poluentes.
Assim como a Arábia foi o grande fornecedor mundial do combustível
antigo, do petróleo que moveu o mundo, mas deixou o rastro de um planeta poluído,
o Brasil poderia ser a “Arábia” do século 21, fornecendo ao mundo energia
limpa, como o etanol (ok, o etanol também tem problemas, com as monoculturas agrícolas,
mas nada é perfeito), e também a energia solar e a eólea, mas... descobriram o pré-sal, e tudo o que era novo se recolheu, afinal é um
super-tesouro, um baú de pirata cheio de um trilhão de reais ao longo de 30
anos!
Acaba de rolar o primeiro leilão de áreas para exploração do
pré-sal, o que significa fazer furos em alto-mar de 7 km de profundidade,
atravessando misteriosas faixas de sal de 2
km de espessura, para tirar lá do fundo da terra o ouro negro adormecido a milhões de anos... se tudo
der certo... a aventura é arriscada (veja aqui)... mas no entusiasmo da festa ninguém fala nisso...
Plataforma marítima de exploração de petróleo (fonte: www.paraiba.com.br) |
Que pena que até a Marina Silva diga que
o petróleo é um mal necessário... Ela
que é ‘sonhática’, e poderia pensar o Brasil como uma Arábia Saudita das novas
energias, agora que se aproxima do poder abaixa o tom, enquadra o discurso, e
vai admitir a Arábia literal: mais petróleo,
mais combustíveis fósseis, mais CO2 pelo mundo.
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