1 - São Paulo, com quase 30 anos de atraso, se prepara
para instalar corredores de ônibus de alta
capacidade, como fez Curitiba na década de 1980, sob a orientação do prefeito
Jaime Lerner. Esse urbanista ficou famoso no mundo todo por esse projeto, que
foi copiado até nos Estados Unidos.
2 - Do jeito que o metrô
está superlotado nos horários de pico (superlotação que propicia paradas e
quebras das composições), é muito provável que um grande grupo de pessoas deixe
de pegar a Linha Azul na estação Santana, e prefira ir para o Centro e para a
Zona Sul nesses ônibus BRT (Bus Rapid Transit), que seguem praticamente
paralelos à linha 1 do metrô. E voltar também. Ninguém, especialmente os mais idosos ou com
saúde debilitada, gosta de ficar espremido em um túnel 10 metros debaixo da
terra.
Modelo de Curitiba inspirando os futuros corredores na cidade |
3 - Como disseram os
diretores da SPTrans em reunião (leia AQUI), o quarteirão indicado no Decreto
de Utilidade Pública foi escolhido pelos engenheiros devido à proximidade do
centro de Santana e do atual terminal de ônibus, que vai continuar operando. A
idéia é que as pessoas saiam de um terminal e caminhem para outro com rapidez,
na menor distância possível.
4 - Outros terrenos
indicados pelos moradores esbarram nas seguintes restrições: maior distância de
caminhada entre o terminal novo e o antigo; impossibilidade devido ao cone de
aproximação de aviões ao Campo de Marte; maior custo, devido a uma extensão
maior de túnel na saída do terminal, até atingir a av. Santos
Dumont.
5 - Trata-se de uma obra
cara, de execução complicada. Apenas na Zona Norte estão propostos um túnel sob
a praça Campo de Bagatelle, e um viaduto sobre a av. do Estado e o rio
Tamanduateí, evitando os semáforos desse cruzamento pesado. Ou seja: obra
grandiosa, por enquanto é um projeto, para não dizer uma promessa. Porém, se a
obra efetivamente começar, pelo que foi dito pelos técnicos da SPTrans, o
terminal Santana dificilmente deixará de ser no quarteirão indicado.
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