Biografia. Do grego “bio”
– vida, escrever sobre a vida. Mas se não
puderem mais escrever biografia livres, independentes (chamadas também de “não
autorizadas”), então será a morte das
biografias. Passarão a ser
tanatografias, do grego “thánatos” – morte.
Só uma pessoa merecedora desperta em alguém a vontade de escrever
uma biografia sobre ela. E esse mérito
ela adquiriu na convivência com a sociedade, trocando, interagindo com o
público. Por ter influenciado esse público através de suas palavras, gestos ou
artes, essa pessoa ficou grande e famosa, e despertou a curiosidade do público
em saber mais sobre ela, para se inspirar, para ter como exemplo, ou apenas
para admirar os detalhes de sua trajetória.
Por isso é injusto que se restrinja o direito de escritores
e pesquisadores pesquisar e escrever sobre essas pessoas públicas, ocultando de
seus admiradores o saber das etapas de suas vidas, mesmo seus tropeços, que só
valorizarão a sua vitória.
Os biógrafos, se escreverem besteiras, serão punidos pela
Justiça ou pelo esquecimento. Isso basta para afastar 95% dos aproveitadores ou
mal-intencionados.
Djavan no começo de carreira, década de 1970 (fonte: euamompb.blogspot.com) |
Exemplo: eu sempre quis escrever a biografia do compositor e
cantor alagoano Djavan. Mas saber que
esse músico genial e letrista incomum faz parte do grupo “Procure Saber”, que
restringe a atuação dos biógrafos, me decepciona e esfria. Uma pena!
Eu (e outros) poderia – à custa de muito tempo e trabalho – escrever
umas páginas bem legais sobre ele...
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