Essa livraria, que não é pequena, existe há 55 anos em uma avenida que não é pequena. Só que eu nunca tinha entrado nela, na livraria. Na avenida passo sempre, se tornou meu caminho, como um dia foram a ladeira General Carneiro, a rua Santo Antônio, a rua Dr. Zuquim, caminhos para casa em diferentes fases da vida. Faz 10 anos que moro na Vila Mariana, então a Bernardino de Campos, extensão embicada da avenida Paulista, a Bernardino se tornou caminho, então eu passava e dizia: olha a livraria em que eu nunca entrei, que coisa, como pode, logo eu que amo livrarias! E acabei desafiado outro dia numa conversa, quando um cara me disse que era uma livraria pequena... Ah, como assim pequena? Pequena é a Livraria da Tarde, em Pinheiros, que é uma portinha abrindo pra uma riqueza. Pequena é a Livraria da Vila do Shopping Eldorado (fui outro dia, pequena). A da Bernardino, não! Verdade que nem lembrava o nome dela, até porque nem bem tem placa, mas a gente vê muito livro lá dentro, pela frente de vidro, quando passa e sabe que ali é uma livraria, porque - lei da vida - quem não sabe não vê nada. E fui. A proprietária estava lá, a Silviane. Contou que o pai abriu a livraria em 1969. Teve filiais em Guarulhos e outros locais que não lembro, que depois fecharam. Cumprimentei-a pela seção de biografias, excelente. Nome curioso: Book Stop. Parada dos livros? Fiz uma boa compra, meio pra me redimir do abuso de comprar em feiras de desconto (a da UNESP abre dia 3 agora). Mas é isso, quem ama livros compra online, em sebos, em feiras de desconto, em livrarias físicas lindas como essa Book Stop. Dá pra parar de carro na porta, mas eu estava a pé, fui pelo caminho levando a sacola pesada de livros... Vida longa para a Book Stop!
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Eis que entrei na Book Stop. |