quarta-feira, 27 de outubro de 2021

SHOW DE BOLA! (108)

Meu pai, que hoje faz 89, quando comprava jornal, era a Folha da Tarde. Porque esse, não sei. Com a escolaridade que tinha (semi-alfabetizado) poderia “ler” o Notícias Populares e eu entenderia muito bem. O fato é que, com pequenas interrupções, assino jornal desde os 18. Completou 40 anos, e nesse tempo de convivência com o diário impresso (raramente a Folha, quase sempre o Estadão), acho que não peguei mudança mais drástica do que essa que O Estado acaba de fazer: reduziu o tamanho do caderno. Lembro nos anos 1990, quando o mesmo revolucionou na qualidade das fotos coloridas, e foi um impacto ver aquelas fotos lindas no papel jornal. Essa agora talvez supere. O tamanho do jornal diminui, ficou mais elegante. É, chegava a ser constrangedor abrir o jornal em um barzinho ou café, todo mundo olhando no celular ou no tablet, e eu pré-histórico com aquele jornalzão difícil de dobrar, quase um papelão. Agora não, mais pocket, apresentável. Na Europa são desse tamanho, “berliner”, chique. Ainda estou acostumando a vista com o novo formato, afinal ela se acostumou com aquela navegação de olhos pelas colunas, pela páginas, sempre de trás pra frente (isso permanece). As mudanças editoriais foram bem pensadas. O conteúdo enxugou um pouquinho, mas as matérias se valorizaram, muitas ganhando página exclusiva. O meu querido Quiroga ficou (se tivesse saído eu cancelava a assinatura na hora), já vi que ficaram Nogueira, Bucci, Cantanhêde e outros que gosto. Bem, o jornal diminuiu, e se diminuir mais, desaparece, como alguns cogitam. Não creio. Talvez esse novo formato até ressuscite leitores para o jornal impresso, sou suspeito de dizer, um prazer difícil de perder...

Comparando o novo formato do Estadão impresso.


5 comentários:

  1. É maravilhoso saber que você continua o hábito de ler jornal, assim como seu pai. Parabéns pelo aniversário dele.

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  2. Parabéns para o pai! Gosto de ler no papel, mas não jornal! Rs

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  3. O Estadão passou a fazer parte da minha vida, no dia em que entrei para a Rádio Eldorado, empresa pertencente ao mesmo grupo da qual saí em 2015. Saí da Eldorado, mas o Estadão segue comigo. Agora na condição de assinante, leio e confio naquilo que está no jornal porque lá é tudo feito com muito profissionalismo, conheci a empresa e sei que lá funcionários e dirigentes são pessoas sérias. Precisamos da notícia verdadeira, checada e analisada, especialmente agora nesses tempos sombrios.

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  4. Ainda sinto saudades de abrir a folha de são paulo todos os dias antes de ir para a aula ou trabalhar. Com um suspiro, lembro de ir direto ao caderno de economia para tentar entender a evolução desenfreada do preços. Parece que esses tempos voltaram.

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  5. Eu já havia aderido ao digital justamente por essa dificuldade de manusear no transporte público quando eu ia para o trabalho. Voltei para o impresso após essa mudança incrível. Elegante, compacto, e eu diria, até moderno.

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