Inflação não tem mistério:
quem tem poder aumenta preço. Quem não
tem – leia-se, o consumidor – paga. E
como as coisas que mais precisamos são as que todos precisam, a procura é
enorme, então, repito, não tem segredo:
dá-lhe inflação. O engraçado é
que quase não se ouve mais falar em “pechinchar”, pedir descontos... Compramos comodities – leite, gasolina, pãozinho,
arroz, feijão, eu ia dizer carne mas isso está mais pra extravagância... Eu pelo menos não mando no preço de nada... a
não ser no preço de livro nos sebos. Quero
ser amigo de todos os donos de sebos, bato papo, mas na hora de arrematar a
compra: amigos, amigos, negócios à
parte. Foi fazer careta quando o sebista
falou o preço das memórias do István Jancsó, que o preço despencou na hora! Ele é um comerciante experiente, sabe que
comprador de livro usado assim presencial como eu não é toda hora que aparece, e
que eu não ía levar por aquele preço... Me
olhou o João Batista (há 30 anos no ramo, foi vendedor do Brandão), afagou os quatro
volumes e mandou: leva tudo por 100! Só o livro do historiador era mais que isso...
Deu
peninha mas... amigos, amigos, negócios...
E agora biblioteca, quais livros saem pra entrar esses? |
Quem não chora não mama.
ResponderExcluirAcho que ele não saiu perdendo. Já tentou vender para eles? Preço na canela.
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