sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

LENDO.ORG (23)

Quem hoje sai da mesa ou da poltrona para buscar na prateleira um dicionário de papel? Por que buscar aquele catatau de 3 quilos e perder, desajeitadamente, um minuto ou dois só pra encontrar a palavra desejada, se hoje o celular pesa 50 gramas, e o tempo para achar "exceção" ou "fleuma" é de... 3 segundos!?  . Bem, não estando essa facilidade disponível para a humanidade de 20 anos para trás, o Dicionário Aurélio vendeu, só ele, 15 milhões de exemplares, número retumbante nunca antes ou depois alcançado pela indústria editorial brasileira.  Sempre tive um Aurélio por perto, desde 1975, quando saiu a 1ª edição.  Parece até que já estava antes, de tanto que era um utensílio necessário em casa, como um liquidificador ou um secador de cabelos...  Minha mãe usava muito essas três coisas. Eu só o Aurélio...  Por isso quando soube do lançamento do Por Trás das Palavras, de Cezar Motta, com a história da gestação e parto do dicionário, entrei na hora no site da editora, comprei, chegou, devorei em três dias.  E que história! Com direito a rasteiras e ações judiciais.  O Aurélio era um gênio filológico, mas também era muito esperto. Espertinho, sabe? Talvez o nome mais correto para a obra fosse Novo Dicionário Aurélio - Campelo da Língua Portuguesa.  Mas não foi. Os bastidores dessa saga estão neste livro saboroso.  Recomendo. 


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