Terminei o café e abri o jornal - ritual antigo - para o scanner matinal. Da seção de esporte os olhos passaram pela foto do papa na Páscoa e o pensamento foi simples: ele não está bem. E seguiram adiante... Meia hora depois o chamado aflito da Adri - o que terá sido meu Deus? - veio com a resposta: "O papa Francisco faleceu". Fiquei com o olhar perdido, percebi, meio sem foco em nada: foi-se o papa mais querido - disparado - dos cinco que vivi. (Pa-pa-Pá, Pa-pa-Pá, Papa Paulo 6º, brincava de dizer. Meu papa até os 15 anos. Era simpático. 1978 foi um ano estranho, teve 3 papas. Lembro onde estava quando ouvi que João Paulo 1º tinha morrido, um mês depois de assumir, estranhíssimo. E veio João Paulo 2º, com ares atléticos e sorrisos de roliúdi. Depois Bento 16, meio o oposto, cara brava, o único que vi ao vivo, na varanda do mosteiro de São Bento, noite garoenta de 2007...). Liguei a tv e passava uma entrevista recente de Jorge Mario Bergoglio, nosso argentino mais querido, Francisco 1º: Acredito que Deus, nesse momento, está nos pedindo mais simplicidade. Nesses tempos confusos, terá a Igreja um novo sumo pontífice que nos oriente profundamente pela mensagem de Cristo? Tenhamos esperanças. Saudades...
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Estadão de 21/04/25 |