O texto de Eugênio Bucci é primoroso e está aqui. Mas segue abaixo na íntegra, porque é imperdível.
quinta-feira, 28 de julho de 2022
LIXA GROSSA & CIA LTDA (60)
sábado, 23 de julho de 2022
LANCES URBANOS (77)
quarta-feira, 13 de julho de 2022
LANCES URBANOS (76)
Fui avisado que uma edificação está sendo construída no Parque do Ibirapuera. Incrédulo, fui conferir com os próprios olhos, afinal prédios pipocam pela cidade, mas dentro do Ibirapuera eu achava inconcebível. Que nada! Neste país nada mais surpreende, exceto a passividade com que admitimos tudo. Dois operários da obra e um vigia disseram que seria uma "academia". Claro que fiquei mal e mandei mensagem para a concessionária que desde 2020 administra o parque, a Urbia (aqui). A assessoria de comunicação respondeu literalmente assim: A construção não abrigará uma academia. No local, será construído um centro de apoio e fomento à prática esportiva no parque Ibirapuera. Os usuários terão acesso a mais banheiros e também à vestiários com chuveiros. Haverá lockers para armazenar pertences pessoais com segurança. Outra comodidade está a possibilidade de alugar ou adquirir acessórios para as variadas práticas esportivas como bolas, redes, raquetes e até skate e patins bem como equipamentos de proteção individual como capacetes. Uma nova estação de aluguel de bicicletas também está contemplada. A previsão para a entrega do local é em 2023. Aí perguntei qual autorização foi obtida para essa construção. E a resposta literalmente foi: Estamos construindo em um local que já existia um prédio. Estamos seguindo o plano diretor. Quando perguntei qual plano diretor, não tive resposta. O fato é que o Parque do Ibirapuera, criado há 68 anos, ficou pequeno para tamanho atual da cidade e sua demanda. Sendo tombado, nada se constrói ali sem muita análise e debate. Mesmo a construção do auditório, em 2005, foi alvo de muita polêmica (aqui) e olha que ele fazia parte do projeto original do Niemeyer, e houve compensações ambientais dentro do parque. Não ser uma "academia", como os boatos disseram, menos mal. Porém segue o inconformismo de ver um prédio surgir DENTRO do oásis verde nº 1 da cidade. Contramão total!
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Prédio em construção no Parque do Ibirapuera (07/2022) |
terça-feira, 5 de julho de 2022
LENDO.ORG (55)
Bienal do Livro se define em uma palavra: alegria. E é contagiante. Não se vê pessoa com cara franzida, e olha que vai gente. Fui na 2ª-feira cedo, pensando em encontrar vazia, mas que nada! Já à chegada, 9h30, super-movimento, fiquei surpreso, depois entendi: a prefeitura de São Paulo entregou mais de 90 mil vales-livros de R$ 60 para alunos e professores da rede pública (aqui). Conta simples, um investimento de R$ 5,5 milhões. Então era um enxame de crianças e jovens carregando sacolinhas de livros... Coisa rara, o carregar sacolinhas, para esses jovens das escola públicas, cujas famílias andam tão sofridas... Eu, como sempre, me esbaldei. Na verdade gastei pouco, porque umas 4 livrarias de desconto tinham livros muito interessantes por R$ 10 ou R$ 20. São as livrarias que trabalham com as pontas de estoque (ou fundo de catálogo) das editoras. Nas Bienais elas esvaziam os depósitos, para alegria de milhares de leitores-garimpeiros, olhos e cotovelos à cata de bons títulos. As editoras se seguraram, mas no último fim de semana devem caprichar nos descontos. Só que encarar a muvuca vai ser coisa pra corajosos. Dica: a Bienal oferece ônibus gratuito saindo da rua Voluntários da Pátria, atrás da estação Tietê do metrô. Usei, porque estacionamento a preço fixo de R$ 60 no Expo Center Norte é sacanagem!
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Crianças comprando livros: pura alegria. |