terça-feira, 22 de março de 2022

LENDO.ORG (53)

Zweig estava em férias na Bélgica quando a inesperada 1ª Guerra Mundial começou. A ingenuidade acabava ali, e pelos 28 anos seguintes até sua morte foram essa guerra, a hiperinflação alemã, a ascensão do Nazismo, a 2ª GM...  Ele não viu o fim do que descreveu como a "grande noite". 100 anos depois Thomas Friedman pede (aqui) para não sermos ingênuos: hoje o risco do pior cenário existe.  Em 1914 um mero conflito Áustria - Sérvia não poderia ir longe, mas foi, muito mais longe...  Ok, sei, um botão pode acabar com o mundo. E aí?  O que fazer com essa consciência? Bem, eu vou levá-la a se distrair em um longo passeio. E com livros, para expandi-la. Além do austríaco levo o ucraniano Gógol, cujo A Terrível Vingança lerei pela 3ª vez. (Livro que a gente ama a gente lê 3 vezes) Levo Hilda, passarei na terra dela, vou checar a Vila Hilst que está no mapa. E levo Borges, eu disse que esse seria o ano de ler Borges, e há de ser. No caminho muitos sebos agendados... O que não a Rússia, mas Putin, está fazendo, é asqueroso, inominável. Oxalá a viagem não seja interrompida (como o Verão de Zweig) por notícias (mais) tristes.




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