sábado, 12 de setembro de 2020

SAUDADES... (39)

Me formei em Economia há 33 anos, e nesse período oscilei grandes proximidades (fui analista financeiro) e enormes distanciamentos (passei anos sem abrir o caderno de Economia dos jornais) dos affairs dessa atividade.  Porém sempre admirei economistas em que percebesse uma pitada (grande ou pequena) de humanidade.  Afinal, Economia é uma carreira de Humanas, ligada a como concatenar todas as atividades que nós, humanos, inventamos de criar. Trata a Economia de fazer a máquina andar com o maior benefício para toda a sociedade.  Pelo menos esse é o desejo.  E aí é que entra a admiração por Amir Khair.  Seus textos, que lia no Estadão, me cativavam pela preocupação com a busca da melhor atuação econômica pelo Estado.  Taxa de juros elevada, lucros gigantescos dos bancos, dinheirama das reservas cambiais parada no Banco Central, tudo isso o preocupava, pois afetava a vida da população.  Assim um dia o chamei por email para fazer parte do grupo Caros, que toquei por uns anos.  Ele aceitou.  E respondia às mensagens que eu enviava, mostrando um grande caráter.  Foi secretário das Finanças da cidade no governo Erundina. Hoje de manhã dou com a notícia de sua morte (aqui), e fico sinceramente chateado...

Amir Khair (1940-2020)
(foto: Tamna Waqued/ fiesp.com.br)


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