CULTURA NO CASARÃO: GESTÃO DIRETA OU INDIRETA?

O casarão da Vila Guiherme, na praça Oscar da Silva, abandonado há muitos anos, sobreviveu até devido ao seu porte, imponente.  E é lindo, isso não se discute.  O que anda em discussão ultimamente é o seu uso. Aliás, nem isso se discute:  ele vai para a Cultura. Será usado como centro cultural.  Mas ainda resta uma questão: quem vai gerir o espaço?   

Vai ser gerido por uma entidade externa, uma organização social (OS) tipo as que atuam na área da Saúde (nas AMAs, nas UBSs ), ou mesmo na área da Cultura do governo estadual (como a Biblioteca de São Paulo)? Ou vai ser gerido diretamente pela Secretaria Municipal de Cultura? 

O casarão mais famoso da Zona Norte. 

Há cerca de três anos a entidade Abaçaí trouxe para o Parque V. Guilherme-Trote o seu maior evento, o Revelando São Paulo.  Aqui chegando, conheceu o casarão, e como todos que o vêem, caiu de amores, logo quis ocupar.  A Abaçaí querer ocupar o espaço é justo. Assim como é justo a comunidade vilaguilhermense questionar qual a melhor forma de ocupá-lo.  Afinal a comunidade nasceu ali, tem no mínimo direito igual a quem chegou 97 anos depois...

Mas, que tal um passo de cada vez?  A Secretaria Municipal de Cultura já tomou posse?  Já falou:  "O espaço é meu, ninguém tasca!"?  Só depois de fazer isso, é que caberá a ela decidir qual será a forma de gestão:  se direta ou indireta.

A Abaçaí tem história, já mostrou ser uma entidade competente.  Porém a Secretaria Municipal de Cultura vive um momento positivo, administrando com criatividade e oferta seus espaços.  Administração direta pela SMC, ou indireta, por uma entidade? Essa importante decisão tem que ser tomada de forma aberta e democrática, colocando-se na mesa todos os prós e contras de cada opção.  Por isso se pede muita calma nessa hora!...