Chegaram as estantes. Agora é ajeitar o espaço e montar os 23m lineares de prateleiras. Devem comportar os 1.000 livros. Que são quase 1.100, não sou Caxias assim de cravar mil e serem mil. Também não podem ser 1.200, que desmoraliza o conceito rsrs. Mil livros. A experiência da vida diz que mil é o meu número, ainda mais que agora entrei na última reta do triângulo (aqui)... Por isso a biblioteca é fluida, arisca, são mil cambiantes... Estou louco pra instalar os títulos recentes que tratam do ataque à democracia mundo afora, os canalhas fascistas (quer ser chique? chama de autocratas) agarrados em seus podres poderes (a grana desmesurada!)... Mas chegaram as estantes, em boa hora, que faz um ano que estão encaixotados, em frágeis caixas de papelão. Eles sofrem, eu com eles. Alguns os tenho pela beleza editorial. Mais e mais vejo que pequenas editoras, podendo fazer pequenas tiragens, se esmeram em qualidade gráfica, composição zelosa, capa elegante, fonte confortável, papel fino, enfim, um charme de produto - o mais nobre - que a gente quer guardar... desde que, of course my horse, o conteúdo ao menos se aproxime da forma. Nada é só beleza, nada é só inteligência. Mixar as duas coisas é a arte. Mas às vezes coloco em questão. Tipo, ok, são 1.000, mas quase 400 são sobre São Paulo. Só 600 para os outros temas? Deveriam ser 1.400 então? Tipo, ok, 23m... estique uma prateleira única de 23m e coloque os livros lado a lado... é tanta coisa assim? Olha que não rsrs. Mas é o que a experiência da vida... já disse. Como é a sua biblioteca? A minha é viva. Entra e sai, entra e sai, quase que respira. Neste Julho, até agora - curioso - não entrou! E saíram 12. O método de entrar é simples (vai entrar, que a Livraria do Brooklin vai fechar (aqui), snif, preços promocionais, vou Sábado). O de sair, tem a técnica do banheiro, mas isso é outra história...
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Mais um livraria de bairro que fecha... Culpa do celular? Da Amazon? De eu não ir? (foto da livraria do Brooklin: Rogério Pallatta (VejaSP) in vejasp.abril.com.br |