domingo, 30 de junho de 2024

LENDO.ORG (67)

Está engasgado um Brittadeira sobre as eleições municipais, daqui a 3 meses. Mais um estelionato eleitoral em curso. Mas fica pra depois. Falemos de livros que é melhor. Taí a matéria de hoje com essa mulher linda por fora e por dentro (ou por dentro e por fora, se preferir), Bruna Lombardi. "A literatura é a minha raiz. É onde eu comecei. É o que me sustenta. É a coisa mais próxima, mais íntima de mim, que eu tenho".  O primeiro livro dela, No Ritmo dessa Festa, comprei pelo Círculo do Livro, lembram desse simpático clube?  Tinha a revista mensal com os lançamentos, a gente escolhia, acho que mandava o cheque, chegavam pelo correio, capa dura com uma rugosidade e arte especiais, que belos livros!  Não o tenho mais, se foi nas metamorfoses por que passam nossas bibliotecas ao longo da vida. A matéria conta do "enxugamento" da biblioteca do casal 20 Lombardi Ricelli, e do filho Kim. Tô nessa faz tempo. A minha tem o limite de 1000 livros, e é curioso saber que alguns não serão lidos nessa vida. Por mim, pois sobreviverão a mim. Enfim, livros. Começou ontem a Feira do Livro no Pacaembu, vai até o próximo Domingo, com uma tenda para receber livros em doação para o RS. SOS-RS, diz o grande Eduardo Bueno. Vou levar. Quem quiser a saborosa matéria da querida Bruna, avisa que mando o PDF, que ler é um dos três prazeres sublimes da vida. 

Matéria no Estadão de 30/06/24

quinta-feira, 20 de junho de 2024

LANCES URBANOS (94)

O Sol mais deitado do ano. Solstício de Inverno. Amanhã ele já começa a voltar, do Norte para o Sul, o movimento pendular infinito (enquanto dure).  Assim é a vida ne? Então eu estava no centro velho da cidade.  Sim, porque São Paulo são muitos centros.  Ou no mínimo dois, o velho e o novo. Fui à 25 de Março e seu lodaçal.  Sim, sim, aquilo é um lodaçal. Não deixa de ser por ter gente, infelizmente. Muito pelo contrário, é gente mesmo que cria aquele lodo todo nas calçadas sujas, nas sarjetas imundas, na confusão indizível. Bons tempos (talvez) da galeria Pajé há 50 anos.  Meu pai fazia sucesso lá naquele tempo, ele gosta de lembrar, mas isso é outra história.  A história agora é que a recuperação, a revitalização, o re-nãoseioquê da 25 de Março vai ficar por último. Ali a coisa é séria, porque a selvageria impera.  O ressurgimento tem que começar em trechos mais dóceis do centro, dos centros, tipo na rua São Bento de lojas fechadas que o Douglas Nascimento mostrou outro dia, centro velho.  Tipo no entorno das galerias do centro novo, pensar o que fazer por ali, quem sabe colocar flores, quem sabe fazer uma limpeza pra valer, tipo zeladoria profissional (ué, não recebem salário pra isso??), e não a zeladoria inexistente de hoje. Quem sabe unir forças e trabalhar.  Só colocar PMs não dá. Pra tirar do fundo do poço precisa de mais. Lá na ponta direita da foto (que bati da Prestes Maia), o prédio da Prefeitura. O centro, os centros estão na berlinda, porque tem eleições daqui a três meses (!), e recuperar, reerguer, recriar essa região é uma questão de honra. Passou da hora. Quem teve 4 anos para fazer isso, e não fez, não merece permanecer.
Hoje, 20/06, 16h, Solstício de Inverno


segunda-feira, 10 de junho de 2024

E AÍ? (3)

Em três levas, foram 565 livros deixados no ponto de entrega em São Paulo para o projeto A Ponte, de São Leopoldo, de recuperação das bibliotecas de escolas públicas atingidas no Sul. 55 meus (aqui), 510 (sem contar os infantis e os gibis) de pessoas queridas.  Como irão para lá?  Quando estarão em alguma prateleira?  Quando alguém, lendo os que doei, vai encontrar os erros de revisão que costumo marcar nas páginas?  Mistério. Cada um faz sua parte. A minha foi levar ao endereço indicado. A de pessoas pró-ativas e desapegadas, foi separar os livros e me contatar pra pegá-los. 565 livros não compõem nem uma biblioteca de escola pública, mas é um tijolo na construção. O fato é que não existe escola sem biblioteca, ainda que nenhum aluno pegue livros pra ler, o que será uma incompetência da direção pedagógica da escola, não culpa de nenhum aluno.  Ler é apresentação. Ler é incentivo. Existem técnicas para apresentar e incentivar a leitura aos estudantes.  Somos seres melhores quando lemos, e a leitura mais valiosa está em livros. E aí? Ainda dá pra doar. Leve uma caixa, uma sacola que seja, na av. Brigadeiro Faria Lima 628, Pinheiros, em horário comercial. Entre no estacionamento e diga que vai entregar livros na portaria. Fui atendido lá pelo Jeferson. Facinho. Só não sei até quando. (Opa! De última hora a Regina, amiga da Maria Laura, trouxe 119 livros, que levei à Abigraf, na rua do Paraíso 529, Paraíso.  Também estão enviando para o Sul.)  684 livros. 

Terceira leva entregue hoje. 220 livros.