Retiro da estante e estou doando meus livros do Mario Vargas Llosa. Com convicção. Pois soltei um palavrão ao acabar de ler o seu artigo Os touros e o Peru (aqui). Um palavrão de raiva! Como é que esse erudito, esse Nobel de Literatura, vem rebaixar à condição de "fanáticos" os que lutam contra as rinhas de galo e às touradas no Peru? Pelo que ele escreveu, essas duas modalidade de luta, que invariavelmente levam os seus participantes à morte, são marcas da cultura peruana. OK, vamos discutir isso, afinal já fomos bárbaros, e certa barbárie faz parte de nossa história. Agora, em pleno século 21, em que anseamos por um mundo menos violento e menos beligerante, dizer que proibir essas lutas entre animais é cercear a liberdade de organizar esses espetáculos sangrentos, é realmente impressionante. Vá ser liberal assim lá na PQP! Ah, ele diz que em Portugal "optou-se por uma festa coxa e manca, pois é proibido matar os touros". Tenha dó! Há tempos eu implicava com algumas posições do escritor peruano, mas vá lá, o cara é um Nobel né?... Bem, eu precisava liberar espaço na biblioteca super-lotada. Acabo de liberar quatro vagas. Não é por aí... Sem piedade: os Vargas Llosa sambaram!
Sem pena de mandar embora um romance maiúsculo como A Guerra do Fim do Mundo. |
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