sexta-feira, 27 de junho de 2025

UM NOVO TEMPO... (9)

29 de Junho, São Pedro. São João, Santo Antônio... qual o seu time?  O meu é São Sidônio. O que não fez milagres. Santo a gente pode mudar. É que sempre fui muito São Pedro. A igreja no Tremembé era (é) São Pedro de Tremembé. De. Chique. Como o nome, Pedro. Sempre achei. Mas se tivesse tido um filho chamaria Hermes. Aí vieram filhas e o assunto passou. Os santos não. Como é ser santo?  Uma busca, para quem busca. Dá vontade ser. É preciso ser. Difícil é ser. Pensando em santos, na Casa Verde (baixa) é São João Evangelista. Na média é Nossa Sra. das Dores. Na alta, nesse bairro de três andares, é a Santíssima Trindade, mix de santos e afins. E São Francisco?  De Assis ou Xavier? E tem São Francisco de Sales, patrono, vejam só, dos escritores e dos livros! E São Gonçalo? Tem missa em japonês aos Domingos... Minha primeira igreja. Ali pertinho (na paulistaníssima Tabatinguera) a de Santa Luzia, dos olhos... Mas péra, falo de santos, não de igrejas, que santo que não pecou ocupa gol. São João Paulo II é nome do túnel no Anhangabaú (exagero, o santo ou o túnel?). Santo Antônio de Sant´Anna Galvão (que nomão!) é muito paulista! O santo surfista é brasileiro (aqui), mas ainda não é santo, em processo. Antes, agora em 7 de Setembro, vem o santo dos tempos informáticos, Carlo Acutis (aqui), italiano. São Carlo Acutis? Um novo tempo... Vai ver que ser santo não é senão apenas ser, naturalmente. Um cromossomo raro, uma pancada sem querer na moleira da criança, um acidente feio e o resguardo de meses na cama, olhando o quadro cristão que a tia-avó colocou no quarto, o Sol batendo gostoso na poeira e o silêncio que, por milagre (!), existia ali... É, com tanto barulho, milagre surgirem santos. Ou santas. Sant@s.

Praça João Mendes em 1949.  São Gonçalo lá no cantinho direito. 
(foto: Google images)


segunda-feira, 9 de junho de 2025

LENDO.ORG (72)

Vamos todos pra Coromandel! Garimpar a sorte nas margens do rio Douradinho, perto de Uberaba. De repente cai na minha mão, na sua (quero comissão!), um diamantão! Acaba de ser retirado das entranhas da terra mineira o 2º maior diamante brasileiro ever (aqui), 646 quilates. 16 milhões. O que você faria com essa grana? Nesse instante, penso que daria um vale de mil reais para todos que me procurassem, pra gastar na feira do livro da praça Charles Miller, que começa dia 14 (aqui). Daria 16 mil vales-livros. É vale pra caramba! Como entregar 16 mil vales?  Pela Amazon? Mercado Livre? (Nem pensar, as big techs vão ferrar o mundo em velocidade IAnosférica!). Na portaria aqui da França Pinto, que nem porteiro tem? Viria alguém? Acho que sim, faria fila, muita gente gosta, um bocado ama livros. Mas vamos limitar a 10 mil vales, que tem que sobrar uns 6 milhõeszinhos pra comprar um rincão aprazível no interior da Bahia (sei a cidade, quer saber pergunte), com um confortável bangalô onde levar meus livros e discos e poucas coisinhas mais. Sempre aberto às pessoas queridas. E ainda sobraria pra presentear os mais próximos com seus desejos mais flamantes de consumo. Sabe aquelas (des)horas de insônia, quando pensamos besteiras, quando oramos (não nos deixeis cair em tentação...)?  Penso: o que eu daria para as filhas? Grana, claro! O que eu daria para a segunda órbita de parentes, merecedores de uma bela pizza de desejos? Amigos próximos não seriam esquecidos, of course my horse. É, acho que só seriam 5 mil vales, o que ia pintar de amigo... Vô Manoel tentou o garimpo com dois filhos no Sul da Chapada Diamantina. Meu pai conta da volta frustrada, dias a pé na estrada de terra, a Lua cheia inesquecível, a fome... Essas aventuras (as mesmas de Ouro Preto há 300 anos, Brumado há 70, Minas hoje), essas aventuras ninguém sabe no que vai dar, ao menos seu Edion e tio Izaías sobreviveram...  Coromandel deve ter muito coronel...  Riqueza por riqueza, vou à praça Charles Miller semana que vem.  E você?

Maio de 2025, o 2º maior diamante já extraído no Brasil.
imagem: Reprodução Globo, in estadao.com.br