segunda-feira, 29 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (29)

Em um dia como hoje, a sabedoria de Oscar Quiroga ajuda pacas!

O equilíbrio da sabedoria
Observa o mundo com distanciamento, porque sem um ponto de vista amplo e inclusivo tu continuarás sendo peça de manobra dos grupos mais astutos que competem para ter domínio da comunicação, da política, dos recursos econômicos, das ideias e, claro está, dos privilégios que todos buscam possuir, mas poucos alcançam. O mundo não é o que deveria ser, nunca foi e nunca será, não é conveniente que estaciones em idealizações que não passam de quimeras. Procura ser realista, isso sim, só essa atitude garantirá que aprendas com os erros que cometas, senão, os continuarás repetindo à exaustão. Chora à vontade com as decepções e frustrações, arranca o amargo de teu coração. Celebra também, com toda pompa, tuas vitórias, mas no fim do dia, quando estiveres à sós, busca o equilíbrio da sabedoria.
imagem: queroharmonia.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

SAUDADES... (23)

Quem ama livros há de lembrar dos livros da editora Perspectiva, sobre Ciências Sociais, Teatro  e tantas disciplinas de Humanas.   Sua capa branca com tarjas finas abóboras (ou azuis ou verdes conforme o segmento) e a tarja preta no rodapé, com o nome da editora...  Livros sem imagens, textos densos, ensaios ou teses transformados em livros.  Ou poesias, como o clássico Poemas, de Maiakovski...  Crítico literário, tradutor, teatrólogo, não conheci pessoalmente Jacó Guinsburg, mas sabia dele, pela devoção aos livros e às artes, fundador em 1965 da editora Perspectiva e até ontem seu diretor-presidente.  Se vai Jacó aos 97 anos (veja AQUI), dos quais 93 dedicados ao Brasil.  
Meus livros da editora Perspectiva, de Jacó Guinsburg (1921-2018)

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (28)

Já disse outro dia que estranho um pouco as posições moderadas de Fernando Gabeira, pois no meu imaginário ele era um militante atrevido e aguerrido...  Mas aos 77 anos é normal que a  sabedoria substitua a exuberância física...   O que importa aqui é que concordo um pouco (ou muito) com o que ele escreveu nesse artigo AQUI.  Se 60 milhões de eleitores clicarem 17 no dia 28, a aberração terá sido "resultado do voto popular".  Essa realidade não poderá ser deixada de lado...
O mineiro de Juiz de Fora Fernando Gabeira.
(foto: Camilla Maia/ Agência O Globo, in istoe.com.br)

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (27)

Que oportunidade esse momento político está dando a cada um de nós para nos observarmos, de repente para nos entendermos, na compreensão das coisas, no trato com o outro...  A sorte está lançada, o resultado será dado pelo voto, individual no universo de 100 milhões de votos... Complicado quando a massa decide um caminho.  E será o caminho que a massa decidir. Mas, e você individualmente?   Puxa, eu acho que, nessa altura do caminho, o esforço tem que ser de mudar os números dessa pesquisa.  Trabalhar os vínculos de amizade, o trato com a família... reduzir a propensão para brigas...   Eu acho.
Gráfico capturado no uotizapi.  Fake ou não, expressa um sentimento generalizado...

domingo, 14 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (26)

Tá no Estadão de hoje: a ganância do PT em retomar o poder sem nem deixar as lambanças esfriarem, fez a marola se transformar em tsunami.  Não era pra ter esse tamanho todo, mas a arrogância de Lula engendrou o super-Bolsonaro.  Agora Inês é morta, vai depender da sociedade civil e das instituições democráticas, ou seja, de nós, segurarmos a onda a partir de 1º/01...


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (25)

Freud explica o que levou quase metade da nação a clicar 17.  Jabor também deve ter a chave desse entendimento...  Deve passar pelo sexo, impulso vital inconsciente que empurra a humanidade para frente. Mas estou sem tempo pra me aprofundar nisso, a vida tá difícil...  Só sei que nas próximas três semanas não vai dar pra ficar vendo/lendo a peroração dos fanáticos...  Quem abusar, dos dois lados, terá a amizade desconectada.  Reconvido em Novembro.  Carpe diem!
Psicanalista Sigmund Freud (1856-1939)
foto: revistagalileu.globo.com

sábado, 6 de outubro de 2018

SAUDADES... (22)

Charles Aznavour, a voz da França, se vai... Fazia tempo que não lembrava dele...  Pudera, é de um romantismo que, talvez, lá por 1950, já lembrasse coisas do século 19, daquelas coisas belas e imortais, como cantar a tristeza do amor perdido em Veneza, Que c´est triste Venise (AQUI), que eu garoto ouvia no radinho de pilha, debaixo do travesseiro... 
Charles Aznavour (1924-2018)
foto: picture-alliance/dpa, in dw.com

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (24)

Quando penso nos últimos anos do país, minha cabeça não me deixa apertar o 13. E quando ouço e vejo certas coisas, meu coração não me deixa clicar o 17.   Mas, se as urnas levarem um desses jilós pra Brasília, vai se tratar então de fazer uma salada de jiló e encarar essa dieta nos próximos 4 anos...  Se prepara!
Salada de jiló por quatro anos...
(foto: mundoboaforma.com.br)

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (23)

Em países onde a dignidade valesse um pouco mais do que vale aqui, se poderia esperar o seguinte gesto:  Ciro e Alckmin anunciariam hoje, no Debate da Globo,  que abdicavam da disputa, em favor de Marina Silva, escolhida por ser mulher e ter um passado mais ilibado.  O centro superaria a diferença para se contrapor a uma polarização hedionda.  Mas não.  Não são capazes disso.  Vão encerrar suas carreiras políticas com esse vexame. 
Debate na Band.  O de hoje, na Globo, terá alguma surpresa?
(foto: Paulo Whitaker/ Reuters, in veja.abril.com.br)


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (22)

Ninguém analisa, ninguém comenta a influência perigosa das pesquisas eleitorais no destino político do país.  Bem, pelo menos o Flávio Tavares fez isso, em texto primoroso AQUI, que copio abaixo. Vale ler e reler. 

SÓ PROBABILIDADES MATEMÁTICAS
 
A enxurrada de “pesquisas de intenção de voto”, em que tudo se resume a números e probabilidades matemáticas, dá a impressão, até, de que eleição é coisa supérflua e que nem precisamos dela. Basta que mil ou 2 mil simulem um universo de mais de 170 milhões de eleitores e, assim, substituam o ato de votar, fingindo que alguns poucos são o todo. Essa simplificação não será uma perversão eleitoral quase tão perigosa como outras (do tipo corrupção e mentira) que transformam a política em lodaçal?

Pouca importância se dá aos projetos dos candidatos e ao que são eles em verdade. O passado, a experiência e as qualidades de cada um (ou as debilidades) não preocupam os comentaristas políticos e pouco aparecem na imprensa, no rádio e na TV. Desinformado sobre quem são os que se apresentam como messias, o eleitor orienta-se quase só pelos prognósticos numéricos chamados “pesquisas”. E são tantas que é como se bastasse cotejar uma a uma para que magicamente substituíssem as eleições...
 
A escolha fundamental da era moderna - a eleição -, em que a sociedade pode conhecer as qualidades de quem deva governar, virou no Brasil um tacanho jogo de probabilidades matemáticas. Escolher presidente da República, governador ou parlamentares não é indicar os números da Mega Sena acumulada.

A insistência nessa avalanche em que poucos fingem ser milhões, porém, faz com que a “pesquisa” induza o eleitor a votar “nos primeiros da lista”. Mais do que decidir, o eleitor aposta, como nos cavalos do Jockey Clube em dia de grande prêmio, pois ninguém quer perder...
 
Por acaso não nos serviria muito mais pesquisar sobre a experiência administrativa dos candidatos e sua dedicação ao que é público?
 
Assim, Geraldo Alckmin poderia detalhar o que fez ou deixou de fazer como governador de São Paulo, tal qual Álvaro Dias no Paraná. O mesmo faria Ciro Gomes, que governou o Ceará e foi ministro da Fazenda, ao substituir Fernando Henrique Cardoso na Presidência de Itamar Franco. Por outro lado, Marina Silva contaria o que fez (ou não) quando ministra do Meio Ambiente de Lula e explicaria por que saiu.
 
Se as pesquisas se baseassem na experiência e (sem serem simples aposta) mostrassem o passado, outros seriam os ponteiros.
 
Fernando Haddad diria por que, como ministro da Educação, abriu o ensino superior a instituições financeiras que cotizam na Bolsa de Valores e pouco se interessam em educar. E narraria o que fez (ou não fez) como prefeito paulistano.
 
Jair Bolsonaro contaria por que foi reformado na carreira militar, chegando só a capitão, e por que teve apagada atuação em décadas como deputado do “baixo clero” da Câmara, passando por nove partidos. E explicaria por que quer resolver à bala os problemas do País. Significa abolir o poder da polícia e, mais ainda, da própria Justiça?
 
Até o Cabo Daciolo diria como o Senhor Deus o fez bombeiro e o mandou apagar incêndios. Boulos diria como os “sem-teto” ocupam prédios vazios. Amoêdo falaria da experiência empresarial. Henrique Meirelles contaria de como dirigiu o Banco Central e fez Lula da Silva se orgulhar de que “os bancos nunca lucraram tanto” quanto em seu governo.
 
Cada qual falaria dos seus feitos e o problema é que são tantos (não os feitos, mas os feiticeiros) que nem se perceberia quem faltasse, como falta aqui.
 
Em vez do curriculum vitae concreto, em que o passado ilumine o presente e aponte o futuro, o tom das pesquisas e do noticiário leva só a números. Agora, os números nem sequer expressam estatísticas corretas. O exemplo é Jair Bolsonaro - por um lado, lidera as intenções de votos, mas é também quem tem a maior rejeição do eleitorado. Em torno de 40% o rejeitam antes de pensarem noutras alternativas. Algo semelhante ocorre com Fernando Haddad, ainda que com rejeição menor.
 
A eleição presidencial não é um plebiscito em que valem só “sim” e “não”. A arrogante petulância com que Lula e o PT nos governaram, como se o Brasil começasse com eles (sem História e apenas com “histórias”), abriu caminho a que as ideias estapafúrdias e violentas de Bolsonaro fossem aceitas de boa-fé em parte dos eleitores.
 
Em nome da “governabilidade”, Lula e o PT entregaram a Petrobrás à bilionária corrupção comandada pelo PMDB e pelo PP. Distribuíram as sobras do banquete aos demais partidos da base alugada (apelidada de “base aliada”) sem se descuidarem de reservar para si a sobremesa. E hoje Haddad, candidato do PT, é o preposto de um condenado e preso.
 
Quando a Justiça condenou e prendeu corruptos e corruptores ou começou a investigar grandes empresários e políticos de todos os partidos, o arcabouço partidário desmoronou ante a opinião pública. Daí em diante, o astuto Bolsonaro, do “baixo clero” da Câmara, despejou sua fúria de atirador “contra o corrupto PT”. Não explicou, porém, por que (nas duas últimas campanhas) omitiu à Justiça Eleitoral bens avaliados em milhões, adquiridos enquanto deputado.
 
Não só nele, mas entre todos os candidatos, como escrevi aqui em junho, o palavrório esqueceu-se do que é notório. A politicalha substituiu a política e votar virou só obrigação de lei. Assim, o grande tema do momento na ciência e na política mundial está ausente da campanha eleitoral no Brasil. Ninguém fala em proteger o meio ambiente nem tem ideia de que as mudanças climáticas nos levarão ao suicídio coletivo.
 
O único que mencionou o tema foi Bolsonaro, mas para ampliar a destruição da natureza - em Rondônia, dias antes da facada, prometeu diminuir ou até eliminar as áreas de preservação ambiental...
 
Com as probabilidades matemáticas, agora construiremos as cinzas do futuro? 

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

EM BUSCA DO FIO DA MEADA... (21)

No dia da foto abaixo eu cheguei no Doria e passei a receita do bolo: faz uma grande gestão na cidade em quatro anos, se reelege, fica mais dois anos complementando o trabalho, então em 2022 se elege em 1º turno para a presidência do Brasil.  Eu andava animado, cheio de esperança com as reuniões diárias que ele fazia com empresários, buscando recursos para a cidade.  Mas que nada! Não durou nem um ano e meio: ele foi vaidoso, foi guloso, jogou por terra todas as promessas de GESTÃO para a cidade, passou a poltrona para o vice - que de gestor não tem absolutamente nada - e foi... politicar! Aplicou o maior estelionato eleitoral já sofrido pela sofrida e doente cidade de São Paulo!