segunda-feira, 19 de março de 2018

INDIGNAÇÃO! (29)


10 RAZÕES PARA O PREFEITO NÃO ABANDONAR O CARGO

1 – O conceito de “salvador da pátria” está superado. A conveniência político-partidária não pode estar acima da elevada missão que o prefeito eleito assumiu:  reverter a péssima e decrescente qualidade de vida na cidade de São Paulo.

2 – Ir para o governo do Estado não vai ajudar mais a cidade do que “prefeitar” por quatro anos, levando adiante e finalizando seus projetos desafiadores.  Como governador olhará a cidade de São Paulo de helicóptero, do mesmo jeito que olhará para as outras 644 cidades do estado.

3 – Para reverter a imagem negativa dos políticos, é preciso um único gesto nobre, limpo, por parte de qualquer homem público.  Está se desperdiçando uma oportunidade rara de fazer isso, que seria permanecer no cargo, por cima das conveniências político-partidárias.

4 – O modelo proposto na campanha eleitoral foi absolutamente personalista. O pronome “EU” foi usado como nunca antes.  Só o candidato detém as qualidades necessárias para executar o programa proposto.  O modelo não se sustenta com a sua saída.

5 – O vice-prefeito não tem experiência executiva e nem parece ter o dom: quando podia ajudar o prefeito a tocar as ações na cidade, como secretário das Prefeituras Regionais, desistiu da valorosa missão, preferindo a sossegada Secretaria da Casa Civil.

6 – Em Outubro/2017 o vice-prefeito passou 12 dias na Europa, em sua 4ª viagem internacional no ano.   Ou seja, gosta de viajar.  Quando o fizer, a cidade será tocada pelo atual vice-presidente da Câmara, menos ainda afeito à ação executiva, pois vereador há 17 anos.  

7 – Essa gestão configurou seu modus operandi através de reuniões diárias com CEOs, líderes setoriais, representantes estrangeiros, buscando parcerias para a cidade.  Esse modelo é baseado no perfil do prefeito gestor, modelo que será descontinuado com a saída do mesmo.

8 – “Trabalho, trabalho e trabalho” é o slogan que se adequa ao perfil do prefeito, e não há razão para acreditar que se adeque ao perfil do vice-prefeito.  Acreditar que sim é querer iludir-se, pois um era o gestor e o outro era o político.

9 – Com a saída do chefe rigoroso, todos os subordinados – secretários, prefeitos regionais e demais escalões – naturalmente tirarão o pé do “acelerador” (se é que o tinham lá), pois não terão mais a partitura para tocar no ritmo para o qual foram chamados, afinal o maestro ”sumiu”.  A produtividade pública – que só é aumentada via intenso monitoramento – vai retornar à tradicional, que não serve mais para a cidade.

10 – A cidade de São Paulo é o maior problema de saúde pública do Brasil, com 12 milhões de pessoas sofrendo diariamente uma situação caótica.  Reverter isso pede uma operação de guerra, porque os problemas crescem exponencialmente.  Quem assumiu na campanha ser o único capaz de reverter esse quadro, estabeleceu um compromisso de sangue com 12 milhões de pessoas.  Isso não é brincadeira!  Estamos falando de 12 milhões de vidas!  Abdicar dessa missão, ou “fugir da raia”, só é aceitável por doença ou morte, jamais por uma conveniência partidária ou viagem egocêntrica.

Hall principal do prédio da prefeitura de São Paulo (foto: coisosonthego.com)


Um comentário:

  1. Lembrando que foi um dos prefeitos mais votados! Neste caso sua saída do cargo pode ser considerada como uma traição aos eleitores.

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